Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

LONDON LETTERS

The coronation of Elisabeth I, 1559

 

 

 


Elisabeth I seria hoje considerada quer um caso de sucesso político no conjunto internacional, quer um exemplo de popularidade junto do seu povo. O reinado corresponde a uma golden age, dura 44 longos anos e afirma estas ilhas como um próspero e sólido poder global. – Ah! La belle reine célibataire! Mas a fundamental razão da boa memória desta queenship resulta do facto de a monarca governar em maquiavélica renascença para e não contra os seus, doando coesão estratégica aos estamentos até finalmente legar massa crítica ao estado e paz religiosa ao país ao entregar a coroa a James VI de Scotland/James I de England. Assim, com a história consagrando-a como “The Great Queen,” já os contemporâneos a tratam como “The good Queen Bess.” – Ours dear Lady Lisbeth. O mito elisabethano nos public affairs começa a 15 January 1559, com a coroação da filha de Henry VIII e Anne Boleyn em Westminster Abbey. A rainha improvável saíra da prisão para o trono.

 

A história de Elisabeth Tudor tem desde o início o seu quê de épico, mesmo sob os parâmetros da abrasiva House of Tudor. Mais, quando revisitada neste tempo em que a discriminação contra as mulheres conhece arrepiantes extremos de violência à volta do mundo. Também o argumento de a female monarch à época não era causa com muitos adeptos. Se a filha de Henry I outrora reivindicara a English crown e Matilda logra reconhecimento do legítimo direito apenas após 18 anos de guerra civil, no Treaty of Winchester (1153) e na pessoa do filho Henry II, já a busca de herdeiro macho conduz Henry VIII a temível série de casórios e divórcios de amplas consequências. Do perigo de vida que aqui correm as senhoras, lembra o destino da mãe: Anne Boleyn é presa antes que Bess complete três anos de idade e decapitada em 1536 May 19 na Tower Green, dizendo ainda muito dos fundamentalismos em política.

 

 

 

Em 1559, alheia a eventual saída por Traitor’s Gate, de reclusa na Tower of London a rainha aclamada pelas ruas de London basta magnificente procissão para sagrar o início da lenda. E os ingredientes somam. Elisabeth I recebe o cetro da irmã com relevante designação de cocktail, Bloody Mary. Sobrevive a conspirações várias e até a invasões externas, como a Spanish Armada enviada pelo cunhado Felipe em 1588. Entende o poder como absoluto direito divino, mas cuida de térrea assessoria por dois hábeis chanceleres: William Cecil e Francis Walsingham, por dever atentos à querela religiosa com os papistas e ao conflito entre Yorkists e Lancastrians.

 

O facto mais glosado da vida da Gloriana é nunca casar, e de todo não por falta de pretendentes. Enquanto a corte se entretém com a friendly connection com Lord Robert Dudley, este ato eminentemente político é uma decisão pessoal de alto risco. A atitude tanto contraria o expetável para assegurar a sucessão ao trono de Westminster, como insistentemente é mantida contra a opinião do Council e do Parliament. Como o consegue, aliás, é algo mais que interessante.

 

Quando interpelada pela House of Commons sobre o enlace, The Queen dá memorável resposta: “I am already bound unto a husband, which is the kingdom of England, and that may suffice you.” A mão política ganhara mestria distinta dos usos continentais. E Elisabeth I ancora o poder em elementar base à sobrevivência ou morte de qualquer regime político. – Yes, a loving people.

 

St James, 15th January,

 

Very sincerely yours,

 

V.