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Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

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António Alçada: o rosário das falas escritas

 

(…) Esta minha relação com a Bárbara estava fora de todos os hábitos. Era exatamente o contrário de quem se ama para fazer uma história comum.

 

- Olha o que aqui escreveste, disse-me:

 

«Hoje a minha ideia de Deus não tem que ver com a criação do mundo, com a sua intervenção no meu dia-a-dia, nem com a condenação nem com a salvação. Diria que há coisas na natureza e na condição humana que me impõem a existência de um núcleo misterioso a que chamo Deus. Acho que a morte de Deus significa o necessário silêncio que é preciso fazer antes de Deus se tornar significativo.

 

(…) É evidente que não posso estar interessado num deus que aterrorizou toda a minha vida passada, que me cortou cruelmente de uma perspetiva de desenvolvimento humano que tem que ser vivido na terra (…)

 

Recuso uma conceção de Deus cujo caminho seja a tristeza e a angústia, já que o projeto humano pressupõe o amor e a alegria.»

 

António Alçada Baptista, in “O Tecido do outono” 1999, ed. Presença

 

António! António, digo-te que depois de aqui estarmos neste mundo, prendemo-nos numa grande teia e quanto mais nos debatemos mais nos enredamos. Nós somos mundo e artesão.

 

- Teresa, já escrevi e cada vez sinto mais que se não houvesse mulheres eu não tinha com quem falar.

 

Teresa Bracinha Vieira

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