Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

LONDON LETTERS

 

The History begins, 17-20 January 2017

 

“I do solemnly swear.” Antes de proferir o oath of office a 20 January 2017 como 45th President of the United States of America, logo, por inerência: The Leader of The West, Mr Donald John Trump afirma em entrevista ao The Times clássica frase definidora: “I am not a politician.”

À altura de Quintus Tullius Cicero, pois, logo rasga o US Foreign Policy Playbook. Aplaude a Brexit como “a great thing,” censura Der Bundeskanzlerin pela sua política de abolição de fronteiras e ainda rotula a NATO como “obsolete” e prefetiza que a European Union está “doomed to break up.” A moderação não residirá na White House. — Chérie! Charbonnier est maître chez soi. Com promessa transatlântica de rápido acordo comercial e notável popularidade, a Prime Minister RH Theresa May aposta em “clean break” com a EU. O Sun tudo sintetiza como “Great Brexpectations.” — Well! A farmer has a fox, a bag of grain, and a rooster that wants to ferry across a river. Northern Ireland embrulha-se em nova eleição ao longo das suas velhas clivagens políticas. O Centre Pompidou comemora 40 anos e avança com restauração de €90m que reedita a controvérsia arquitetónica no centro histórico de Paris that we know. A Oxfam descobre a relatividade material quando oito bilionários possuem hoje metade da riqueza terrestre. Para a eternidade partem Lord Snowdon, o galã outrora casado com a Princess Margaret, e Mr Eugene Cernan, the last man to walk on the Moon.

 

We are were we are. And what a weird political week! Snow, full moon, strikes and The Donald! Se à neve por cá sobrevém chuva suave entre a torrente de greves e a crescente agitação no NHS, a semana é tempestuosa na Europe within extraordinary events in New York. De além oceano abundam desordenados sinais de que The US Inauguration não trará a mesma America com um diferente presidente. O Trump phenomenon espalha ondas de choque em torno do globo e o senhor ainda nem sequer tem as chaves do Oval Office. Incoming, tanto acusa a prestigiada CNN de ser “fake news” como aponta o dedo a Frau Angela Merkel como responsável de “a catastrophic mistake” nas políticas da emigração. Os episódios possuem lastro e consequências. A chanceler pede pronta audiência ao sucessor de Mr Barack Obama. No imediato, porém, fica sem resposta. Com eventual germanofobia no horizonte, pesa também a nebulosa visão de reforma na NATO: “big, bureaucratic, costly and obsolete.” Aqui, DJT estremece o continente europeu até aos Urals. E avulta a vontade indefinida do President-elected de apaziguar as glaciais relações entre Moscow e Washington, precisamente quando a CIA&co desbrava a cyberwarfare dos russos e Mr Vladimir Putin ocupa parcela da Ukraine. Mas visíveis são já os contornos de cedo Reykjavik Summit 2.0. Donde: aspirando a erguer uma nova ordem mundial, tem Mr Donald J Trump a estatura de um President Ronald Reagan? E qual o papel da special relationship?

 

Na entrevista ao Times, realizada em simultâneo com o Bild e conduzida por nenhum outro senão o Tory MP Michael ‘Knife’ Gove, o abrasivo eleito tem doces palavras para com o reino da mãe: Mrs Mary Anne MacLeod, uma escocesa de Tong (Stornoway) que, em November 1929, aos 17 anos, embarca no S.S. Transylvania rumo a New York City. O US President-elected DJ Trump promete agora tratado comercial com o UK, “fair, quickly and properly,” enfatizando querer conhecer a Queen Elizabeth II, cooperar com HMGovernment e ver a Brexit como “a great thing”. Dois dias depois é a vez de a Prime Minister Theresa May marcar a fogo a agenda mediática. Dentro de poucas horas, no cenário imponente de Lancaster House, em pleno Mall de London, num major key-speech, a PM repetirá que “Brexit means Brexit” e clarificará que o divórcio com Brussels será “a clean break.” Ou seja, diz não a qualquer acordo híbrido. Espera-se que o No 10 apresente a 12-point plan for Brexit, destilado dos quatro princípios de início traçados: “Certainty and clarity, A stronger Britain, A fairer Britain & A truly global Britain.” Nestes termos proporá Downing Street a "new and equal partnership" entre uma "independent, self-governing Global Britain" e os “friends and allies in the EU.” A frase-âncora é claríssima e sanguínea será a reação dos mercados: "Not partial membership of the European Union, associate membership of the European Union, or anything that leaves us half-in, half-out.” Depois, é o clarim real a reunir.

 

 

Na curiosa conjuntura que corre, na alva até de cimeira na Hofdi House em Reykjavik (Iceland), eis também a BBC a retomar a dramatização dos clássicos de espionagem de Mr John Le Carré. Com perfeito sentido de oportunidade face ao kompromat dossier em circulação sobre alegados laços do próximo inquilino do Oval Office com o Kremlin, 35 páginas da autoria de um ex profissional do MI6 saído da cepa de Cambridge e que um furioso Donald JT desmente por inteiro (na mais extraordinária conferência de imprensa de que há memória, e obrigatoriamente a ver), a companhia pública agenda a first onscreen adaptation de The Spy Who Came In From the Cold. Recordareis ainda a notável versão cinematográfica de Mr Martin Ritt, de 1965, também britânica, a preto e branco, protagonizada por Mr Richard Burton (como Alec Leamas), Mrs Claire Bloom e Mr Oskar Werner. Se o filme é um must-see e o livro é um best-seller, altas expetativas envolvem este regresso à intriga internacional no pico da Cold War, em torno do checkpoint Charlie, numa murada Berlin preenchida pelas subtilezas de agentes duplos em perigosa pirâmide de matrioskas. — Humm. Always beware of the swift metamorphose of all things as Master Will resonate in his Sonnet LXIV: — When I have seen by Time's fell hand defaced / The rich proud cost of outworn buried age; / When sometime lofty towers I see down-razed, / And brass eternal slave to mortal rage; / When I have seen the hungry ocean gain / Advantage on the kingdom of the shore, / And the firm soil win of the watery main, / Increasing store with loss, and loss with store; / When I have seen such interchange of state, / Or state itself confounded to decay…

 

St James, 16th January 2017

Very sincerely yours,

V.

LONDON LETTERS

 

Now is the time, 2017

 

O ano novo atrasa um segundo na abertura, a compensar natural vagar na rotação terrestre, para logo acelerar na vertigem dos acontecimentos humanos. A busy timetable revela os efeitos do passado recente que semearam consequências no próximo futuro. Depois do Trump triumph no January dos USA e do Brexit article no March do United Kingdom, a European Union peregrina pela electoral silk road de 2017.

Se Madame Marine Le Pen surfar a onda populista em France e Germany ceder na censura à Bundeskanzlerin Angela Merkel, ainda que com muito window dressing, assitir-se-á a novel queda do império romano no velho continente. — Chérie! Il y a un temps pour tout. Com a política global em fluxo, em London, hoje mesmo, o HM Government reivindica o centre-ground com uma agenda reformista. Mrs Theresa May adverte contra as “politics of division and despair” e defende a visão de “a shared society,” enquanto persiste no calendário anunciado do Brexiting face a fogo cerrado dos eurófilos liderados pelos milhões do ex PM Tony Blair. — Aye! All's well that ends well. Em New York, RH Boris Johnson dialoga com o Trump Team e o US President-elected saúda a Prime Minister na TweetWhiteHouse. Já Washington e Moscow revisitam o universo ficcional de Mr John Le Carré em frescos episódios da Cold War, com Beijing a observar a neo cyberwarfare. O calvário dos refugiados enfrenta as temperaturas gélidas na Balkan Route. A lista das New Year Honours consagra Sir Andy Murray e outros heróis olímpicos. O iPhone comemora 10 anos.
 


Heavy snow alert at Britain
. Com o mercúrio dos termómetros a cair com a aproximação do polar vortex, o reino respira de alívio com a visão pública de Her Majesty. Uma constipação mais severa impede Elizabeth II de assistir aos tradicionais serviços religiosos em Sandringham (Norfolk, Eng) e as sucessivas ausências suscitam até desassossego nos altos círculos, mas eis a monarca aos 90 anos a retomar os compromissos a par do regresso dos MP’s a Westminster após a pausa natalícia. A cidade vive ainda a onda grevista oportunisticamente iniciada durante as festas. Ir do ponto A para o ponto B é agora uma aventura colossal, com 24 horas de paralisação no Metro por entre estações fechadas por excesso de pessoas, eventuais autocarros e um caótico trânsito automóvel. Ao desânimo salvam as Boris Bikes, um hire-scheme disponível por todo o lado de Canary Wharf a Camden Town. A odisseia cosmopolita testa o dito de que to be British is above all to be pacient. O quadro de fundo enfurece, porém. Em nome da segurança dos passageiros, os meios laborais exortam ao derrube do “bloody Tory government” e à troca do capitalismo pela “socialist order.” O Mayor Sadik Khan crítica “a pointless strike” a arrepio do manto de silêncio do Labour Leader Jeremy Corbyn, cujos aliados abertamente apoiam a industrial action a expensas dos agnósticos. As pendências inclinam as sondagens para a direita e aguardam pelo voto das by-elections do ano, com o Ukip a cavalgar o descontentamento, os liberais democratas a assumir-se como a hoste dos Remainers e os conservadores a faturar nos dividendos dos Brexiters. A sintonizar os humores, nas ondas hertzianas da LBC começa o Nigel Farage Show – o ukipper por cá reconhecido como Sir Brexit. Em semelhante tela publica a Fabian Society a usual análise das tendências eleitorais, sob título de Mr Andrew Harrop: "Apocalypse soon? Labour is too weak to win and too strong to die. It needs to find a new cultural centre ground and consider how to work with others."

 

A Anglosfera fica também marcada pela agitação dos last days do suave President Barack Obama no Oval Office. Na senda das alegações de manipulação informática na ida campanha presidencial, ao melhor estilo da Cold War, Washington DC expulsa 35 diplomatas russos e admoesta Moscow que não sairá impune “to pursue similar tactics in forthcoming elections in Germany and France.” O Kremlin tudo nega, faz compasso de espera pela transição nos US e até convida os membros da embaixada local dos US para a sua mesa. Ora, se a caça das agências ocidentais de espionagem incide desta feita sobre o Russian malware code, o xadrez geopolítico conta com aliança ímpia dos democratas e da ala republicana do Senator John McCain em Capitol Hill. Assim se hipoteca a guerra pelo impeachment de um presidente ainda não empossado, em torno da National Security. Convenhamos que Mr Richard Condon não desgostaria da reedição de The Manchurian Candidate nas vestes de um milionário improvavelmente eleito para a White House, finda que ali está a série de um desconhecido professor de Chicago com raízes africanas.

Inesperado é o efeito colateral registado na envolvente de St James. As casas de apostas abrem os balcões a BuzzWord para o Trump’s Inaugural Address. As probabilidades oratórias para January 20th são reduzidas, jogando os bookies com peculiar quarteto de risco: a presença da locução “corrupt” apresenta prémio a 2/1, “I like hackers” surge a 4/1, “Brexit” a 5/1 e “fake news” a 10/1.

 

Em plena contagem decrescente para a tomada de posse de Mr Donald John Trump como líder do West, pois, revisito os discursos inaugurais junto ao Potomac River. Espantam as 73 páginas de diretivas do honorável George Washington, entre as quais, o compromisso de não fundar dinastias no novo mundo; pesam as referências dos sucessores à divina providência e às clássicas repúblicas. Com ecos em volta de ambicionado retorno da special relationship solidificada nos 90’s pelo duo Maggie Thatcher e Ronnie Reagan, é o distinto Abraham Lincoln que fixa finalmente a atenção com um olive branch em mandato inquieto. “I am loath to close. We are not enemies, but friends. We must not be enemies. Though passion may have strained it must not break our bonds of affection. The mystic chords of memory stretching from every battlefield and patriot grave to every living heart and hearthstone all over this broad land, will yet swell the chorus of the Union, when again touched as surely they will be, by the better angels of our nature.” Sabeis aonde conduzem estas palavras dirigidas aos confederados em 1861. — Well. As echoes Master Will by the voice of that industrious mutineer Lord Hastings in Henry IV/PII: — Don’t worry about that. If we can come to terms that are as comprehensive as the ones we’re insisting upon, then the peace will be as durable as rocky mountains.

 

St James, 9th January 2017

Very sincerely yours,

V.

LONDON LETTERS

 

Foreign Affairs, 2016

 

A excelência sempre fascina, pela qualidade e foco com que afronta ditas missões impossíveis. A PM Theresa May avança com esmero nos tratos europeus ao invés de medíocre deixa andar. Viaja ao continente. Revela arte diplomática.

Nas chancelarias logo circula proposta análoga à que, em February, Brussels liminarmente recusara a RH David Cameron: acesso ao mercado único com travão de sete anos na livre circulação de pessoas. — Chérie! Celá sert à prendre la température. Se a visão da Brexit door refaz laços lógicos no controlo das ameaças face à global insegurança crescente, o mapa do terror adensa em semana de ataques em Wurzburg, Munich e Ansbach (Germany). Aproveita às autoridades gaulesas mostrar zelo na fronteira de Calais. Os holidaymakers acampam na Dover A2 Highway em fila de 12 horas. — Humm! Mere words do not feed the dark friars. Já Ankara acelera dura purga dos adversários políticos do Turkey Leader Recepe T Erdogan. A US WHite House Race prossegue no trilho do fogo. Após a convenção republicana proclamar Mr Donald J Trump e o Indiana Governor Mike Pence como candidatos ao Oval Office, hoje, em Philadelphia (Pennsylvania), entre emails talk, apontam os democratas o duo Mrs Hillary R Clinton e o Virginia Senator Tim Kaine para suceder ao President Barack Obama em January 2017. A incerteza política soma no World monetary game, com os weather man pregando a necessidade de a good, old-fashioned economic depression. Melhor anda Mr Chris Froome na conquista do terceiro Tour de France. No mais é o Pokémon Go!


Hot, moist and lengthy days at London
. A calma retorna suavemente a Westminster Disctrict, entre magotes de turistas, firme mão em Downing Street e bom humor na House of Commons. O desempenho da new British Prime Minister é tal, que já é por cá cognominada de… T-Rex. RH Theresa May MP assemelha-se até a matricial tábua pitagórica com poder de multiplicação. A senhora pontua em várias latitudes. Visita Berlin e Paris a par de ida hoje a Belfast, para sucessivas conversações com a Bundeskanzlerin Angela Merkel e o French President François Hollandes mais a First Minister Arlene Foster e o Deputy First Minister Martin McGuinness. Muito dos frutos colhidos fica no recato diplomático, mas o que vem a público é interessante. Assim: O denominador comum dos encontros é o preparo das negociações da “UK's exit from the European Union,” com lembrete adicional que as relações britânicas com os seus vizinhos radicam nos séculos e não na série continental de tratados internacionais aberta em Rome 1957. Em Stormont tranquiliza as gentes sobre o futuro da “land border with the Republic of Ireland and Europe.” Em France ouve que, em princípio, o Palais de l'Élysée discorda do acesso comercial ao mercado único sem a livre circulação de pessoas, bens e serviços ― “It will be a choice facing the UK: remain in the single market and then assume the free movement that goes with it or have another status.” Em Berlin, porém, escuta que Germany visa “the strongest possible trade relationship with the UK, preferably with it inside the single market.” Vaporizando o ‘EU bad dream,’ em todas as chancelarias deixa a governanta pessoal garantia: “I place particular value on the precious bonds between our nations.”

 

Com o reino a celebrar os três anos do Prince George, a abordagem prática que HM Govt dá ao dossiê europeu, “with & for everybody.” tem outras facetas e alguns escolhos. O dinamismo externo compreende também deslocações dos Ministers Boris Johnson e Liam Fox aos USA enquanto o Chancellor Philip Hammond visita China para o G20 Summit em Chengdu e úteis conversas sobre a trade deal com Beijing. Todos exploram a TPT - Trans-Pacific Partnership e os "existing agreements" com Canada e Australia! Na frente interna, todavia, a Scotish First Minister manobra a eurófila maioria SNP em Holyrood. Apesar do rotundo «não» de London, RH Nicola Sturgeon todos os dias agita com novo referendo separatista enquanto promove esforços para travar o que classifica de “hard Brexit.” Emerge uma plataforma pró European Union, associando os Lib-Dems e os Greens, mas a iniciativa perde energia no Labour Party. Caos entrópico envolve aqui indecorosa guerra civil. Aliás, entre acusações cruzadas de bulying e lunáticas teses de conspiração envolvendo Blairites, Brownites e o MI5, para gáudio das Houses of Parliament, mesmo Mrs May cede a cotejar o líder RH Jeremy Corbyn com um “unscrupulous boss.” A PM explica o conceito nas suas first PMQs, como “one who exploits the rules to further his own career,” para demandar os trabalhistas ao estilo de Lady Thatcher: “Remind him of anybody?” Ainda na antecâmara da Brexit door, em tom menos jocoso, refletindo sobre o projeto federal e a democracia liberal, o insuspeito Lord Peter Mandelson assinala que "the European Union will not survive unless the benefits of economic integration are shared widely amongst its citizens."


Nos assuntos caseiros avulta ainda o name & shame em economia predadora, após um relatório da House of Commons desnudar o desnatamento da falida BHS perpretado por Sir Philip Green via fundo de pensões. O gigante caído na High Street é depois oportunamente vendido por £1, em peculiar operação assistida pela Goldman Sachs e de onde resultam 11,000 despedimentos. Ora, o Work and Pensions and Business, Innovation and Skills Committee radica o colapso da retalhista em “leadership failures and personal greed”. Em contraponto ao novo big yacht da esposa do (ainda) cavaleiro do reino que nestes dias preenche as páginas das revistas de férias, o Daily Mail da manhã sintetiza a case of greed com muitos espelhos na paisagem de fundo: “Pay up £571m or lose your knighthood.” O bilionário reage aos findings dos MPs e a cartaz nas montras sobre “the unacceptable face of capitalism” com ultimato dos seus advogados para desculpas parlamentares… em 24 horas! Aquém da legal action e do decent behaviour, recorde-se que a Lady do Number 10 ambiciona reformar a irresponsabilidade empresarial. 

  


Em Summertime polvilhado por Pokémons haja tempo soberano para revisitar a história local. O Museum of London abre exposição interativa sobre os 350 anos do “Great Fire of 1666,” que destrói a medieval London e abre à hodierna capital do Thames. A mostra na City Gallery apresenta o burgo antes, durante e depois da catástrofe que tudo devora durante quatro infindos dias no reinado de Charles II. A September 2 escreve Mr Samuel Pepys em famoso diário: “Oh the miserable and calamitous spectacle!” Não obstante ocorrer por human accident, o fogo permeia as paixões, artes e engenhos do 17th century. Com a decapitação do King Charles, o Cromwell Interregnum e a Great Plague em inflamada memória, cedo giram puritanas leituras apocalípticas tentativamente resumidas em pragmático (e ora redivivo) Stuart fire engine. Ainda assim, lavram chamas políticas após oficial conclusão de a fogueira começar na casa do infeliz padeiro real Thomas Farrinor em Pudding Lane. Acresce alheado monarca, casado com D. Catarina de Braganza, sem herdeiros legítimos mas com 12 filhos derramados fora da corte. A Restauration vacila e irrompem originais guerras palacianas. Na acesa ecologia de St James, séculos antes da Schumpeter’s creative destruction, nascem então os Whigs e os atuais Tories. — Well! Bear in mind what Master Will writes in Julius Caesar when Brutus and Cassius are discussing the final phase of their civil war with the legions of Octavian and Marcus Antonius: There is a tide in the affairs of men. / Which, taken at the flood, leads on to fortune; / Omitted, all the voyage of their life / Is bound in shallows and in miseries. / On such a full sea are we now afloat, / And we must take the current when it serves.

 

St James, 25th July

Very sincerely yours,

V.