Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

UM POETA DA PINTURA


 

Nasceu em Barcelona o pintor Antoni Tàpies. Na Régua vi alguns dos seus quadros numa exposição orgulhosa e na qual se falava da admiração de DalÍ pela pintura deste grande artista que agora nos deixou.

 

Todos afirmam que a filosofia de Sartre e a sua interpretação do surrealismo marcou para sempre a sua mão na tela.

 

As novas técnicas de colagem utilizadas nos seus quadros ou a sua projecção no trabalho com o bronze deram-lhe lugar cativo nas artes e nas principais galerias do mundo.

 

A sua capacidade para defender a liberdade, faz-nos pensar o quanto o homem sempre pode recomeçar o homem.

 

Inúmeros prémios recebeu Tàpies como se o destino se cumprisse sempre em reconhecimento: contudo o seu perfil nunca se abandonou aos limites do que é interpretado. 

 

Quando um poeta da pintura parte é como se um adeus em cor fosse catálogo de sonho que refloresce no ar: e nós aqui na precaução das linhas que recomeçam dias, tantas vezes incompletos ou colaborantes com as ausências.

 

 

Recordo que o António Alçada me disse um dia: sobre este magnífico pintor deve-se escrever pouco. Soltá-lo como se faz aos poemas bastará.

 

 


M. Teresa Bracinha Vieira

 

7.02.12

 

Sec.XXI