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Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

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(de 27 de Outubro a 02 de Novembro de 2008)
 

 

Termino hoje o relato da expedição à Europa Oriental e invoco um autor e uma obra que merecem recordação na Rússia contemporânea. De facto, "Cinco Meditações sobre a Existência" de Nicolau Berdiaeff (tradução de Ana Hatherly, Guimarães Editores, 1961), pela densidade criadora e pela força espiritual representa a vitalidade de uma cultura, que volta a merecer atenção, não já como fenómeno excepcional ou clandestino, mas como expressão de uma vitalidade que mergulha as suas raízes na cultura de Tolstoi e de Dostoievsky. Berdiaeff (1874-1948) foi, ao lado de Lev Chestov (1866-1938), um dos mais conhecidos filósofos russos do início do século passado, que influenciou decisivamente o pensamento existencialista. Foi ele quem falou de uma “ideia russa” de cultura: “A ideia mestra da minha vida é a ideia do homem, do seu rosto, da sua liberdade criadora e da sua predestinação criadora. Mas tratar do homem é já tratar de Deus. Isso é essencial para mim”. E daí a necessidade da ligação da espiritualidade à existência, porque “a Verdade implica a actividade do espírito do homem, o conhecimento da Verdade depende dos graus de comunidade que podem existir entre os homens, da sua comunhão no Espírito”.

  


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Guilherme d' Oliveira Martins