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Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

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Paul Éluard: o poeta.

 

Amigo de André Breton, irá participar Éluard, de todas as manifestações dadaístas : é o movimento Dada , cujo fundador é o romeno Tristan Tzara. Surge assim um questionar do mundo também através do absurdo, ainda que Paul defenda sempre o quanto a linguagem tem por si mesma um propósito, não a considerando um “meio de destruição” como os restantes companheiros do “processo dadaísta”.

Paul Éluard é considerado o mais lírico e o mais dotado dos poetas surrealistas franceses.

Em 1952 morre de coração e pelas palavras de Robert Sabatier , poeta e autor da história da poesia francesa em 9 volumes, “ o mundo inteiro estava de luto”.

Hoje, peguei de novo num dos livros de Eugène Grindel, que enquanto poeta adoptou o nome de Paul Éluard, e cuja primeira tradução em Portugal dos seus versos, nos chegou pela mão de António Ramos Rosa e Luiza Neto Jorge.

Agora pela chancela da Relógio D’Água  e numa tradução e prefácio de Maria Gabriela Llansol eis

 

Bela Esposa

 

Bela esposa de que não há memória

Ela saiu do seu leito

Como se entra na história.

 

(Agora nas palavras de Paul)

 

L’ Absence

 

Je te parle à travers les villes

Je te parle à travers les plaines

Ma bouche est sur ton oreiller

Les deux faces des murs fon face

A ma voix qui te reconnaît

Je te parle d’éternité

 

Assim e relendo, bem vejo que nada existe de mais transparente do que o amor na sua verdade. Espécie de sonho que se não coloca em causa, pois não é que no bosque te amo e não é a brincar?

Proponho sim, este livro de Paul Éluard, Últimos Poemas de Amor.

 

Teresa Vieira

Sec. XXI