LONDON LETTERS
A post-crisis waterworld, 2014
The British response, as always. Ter orgulho nos nossos, na família, no povo ou HM The Queen, é uma emoção forte que só quem desta fica desprotegido pode inteiramente talvez compreender. A ongoing flood crisis de novo revela o bom velho espírito destas verdes ilhas, com as comunidades a autoorganizarem-se na sua proteção. Estas semanas de extreme weather ficam como uma imparável jornada de serviço, nem os Princes William e Henry se isentando do sandbagging work. — Faites-vous des amis prompts à vous censurer. Depois da inclemência dos elementos, as vítimas estão a braços com seguradoras esgrimindo que o desembolso das reparações se refletirá nos futuros premiums e um Prime Minister em circumnavegação política a elogiar a competência governamental com cheques. — Well, life goes on! Já o novo cardeal Vincent Nichols se revela um líder para os quatro milhões de católicos por cá batizados, ao condenar desassombradamente as políticas de austeridade por mais não estarem a produzir senão pobreza, injustiça e medo.
Ouvir uma old lady recusar a saída de casa mesmo com a cheia à porta sob a razão de que nem Herr Hitler o conseguira, é algo que só bons ouvidos dirão como termómetro de resiliência. Após o desastre da tardia resposta, com a água em Somerset e noutras flood areas finalmente bombeada com recurso a meios técnicos antes não disponíveis, os serviços de emergência atuam em força ao longo da costa, do Thames Valley a Wales. O Prime Minister ocupa agora a agenda diária em visitas às obras de recuperação. Muito bem, inclusive à tactical politics. Porém, há aqui some real questions: como é que, de repente, surge o dinheiro para o conserto que Westminster inicialmente afirmara não ter para a prevenção? Donde: qual o custo da desatenção em sofrimento humano e danos materiais? Mais: que preço pagam nisto as famílias, empresas e economia?
Olhar atento além da PR machine percebe a noção de perigo nos portões de Downing Street. Multiplicam-se sinais de um No 10 inner circle playing hard ball. Se o Chancellor of the Exchequer e Second Lord of the Treasury, Right Honourable George Osborne MP, simplesmente retira a libra aos Scottis caso votem sim à independência no referendo de September 18 (com o seu First Minister Alex Salmond afirmando o contrário, porquanto no pound–no debt), ameaça ainda a incontornável realidade de a maioria dos círculos afetados pelas cheias serem Tories marginal circles. Quando os Conservatives perdem mais um bastião para o Labour e de novo caem abaixo do UKIP, desta vez em Wythenshawe and Sale East (South Manchester), Mr David Cameron empenha-se em ripostar a todos os críticos. Eis, pois, a better Prime Minister: às águas declara que “money is no object” e ao Archbishop diz-se numa “moral mission.”
Uma ótima nova a fechar, além do anúncio do Bank of England to rethink economy face a recuperação insuficiente para gerar emprego à medida das necessidades. Vivem-se vésperas de a Cromwell’s revival em contraponto ao plano de encerramento do seu museu pelo Cambridgeshire County Council. A Oxford University Press ultima obra sobre as Oliver Cromwell’s letters and speeches, com a mestria do Professor John Morrill como editor geral. Também outros livros e artigos com matéria nova surgem já, thick and fast, avultando como áreas de interesse a juventude em East Anglia, a carreira de soldado na Ireland e a multitude dos aspetos do período como Lord Protector of the Commonwealth of England, Scotland and Ireland durante os 1650s. — Nothing less that the man of the cruel necessity.
St James, 19th February
Very sincerely yours,
V.