LONDON LETTERS
The reinvention of Britain, 2014
Totally gold British drama. O referendo de September 18 marcha ao som de great pipebands. O guião exala high breathe tension. To save the Union no minuto final, Westminster e as tv’s invadem a terra dos brave free Scotties. Mr Stay toca no peito ao dizer em Edinburgh que esta é a heart matter. Mr With desvia olhar emocionado enquanto disserta em Kilmarnock sobre os cordões da bolsa. Mr Us celebra em Cumbernauld a soul quality da pastoral Britannia. — Chérie, a coeur vaillant rien d'impossible! Mr Independent agradece a ida de blue, yellow and red Tories aos domínios de Holyrood. Na House of Commons, em chanter uníssono, RHs William Hague e Harriet Harman exortam os Scots a votar UK. Os Village media sopram os moinhos de riscos e de oportunidades. O resultado da power play sai quinta-feira num malt pub de Glasgow. — Hmm. If the sky falls, we shall catch larks! Além Channel, Brussels acolhe o neo executivo de comissários liderado por Monsieur JC Juncker e Lord Hill of Oareford recebe a pasta da Financial stability & regulation para acomodar eventual Brexit. Paris entra dans le rouge por via de deslize orçamental. No duelo Berlin/Hamburg, elevando já a voz contra o antisemitismo, a Kanzlerin Frau Angela Merkel indica Spain como paradigma do eurosucesso nas políticas de consolidação fiscal.
Bright sky in the morning of another big day in the referendum campaign. Westminster doa vibrante exemplo de democracia em the world's politest independence fight. Simultaneamente Scotland reedita a Home Rule crisis que conduz à secessão irlandesa do UK em 1931. Qualquer que seja o desfecho referendário, Britain está já em trabalhos de reinvenção — with energy, passion and competitive visions. As nações são comunidades de destino, de aspirações, projetos e realizações, que se dotam de um estado para lhes servir de leme na navegação pelos séculos. A história em criação nestas ilhas é fascinante a vários títulos políticos. Um destes é a vigorosa participação das gentes em busca de a fair new deal for the whole old Britannia.
Whitehall abrirá agora à devolução ordenada de poderes com a velha prudência constitucional de Mr A. V. Dicey (1835-1922). Se a liberal mind aposta na renascença vitoriana das city-regions, como Liverpool ou Manchester e não apenas London, sobre o ato da Queen Anne que sela The Parliamentary Union noUnited Kingdom of Great Britain escreve o Vinerian Professor of English Law em Oxford nos seus Thoughts on the Union between England & Scotland: “The whole aim of the men who drafted the contract was to give the English and the Scottish people the benefits which each of such people mainly desired to receive under the Treaty and the Act of Union. Hence inevitably resulted the further effect that the men who drafted the Treaty of Union carefully left every institution in England and every institution in Scotland untouched by the Act, provided that the existence of such institution was consistent with the main objects of the Act. Hence the extraordinary success of the Act. It destroyed everything which kept the Scottish and the English people apart; it destroyed nothing which did not threaten the essential unity of the whole people; and hence, lastly, the supreme glory of the Act, that while creating the political unity it kept alive the nationalism both of England and of Scotland.”
A autonomia da Bella Caledonia aguarda decisão, com teses de identidade balanceando desafios económicos, mas o centralismo perde argumentos. And not just in the UK. O drama interno soma, aliás, confusão exterior. Pelo continente alheio à idiossincrasia das ilhas rodam leituras que trocam posições geopolíticas às catedrais de St Giles e de St Paul. A subida do Yes significaria a revolta escocesa face à coroa inglesa! De todo, não. Sob a common rule of Law, o sufrágio atinge os Acts of Parliament de 1706/07 e não a monarquia radicada na Union of the Crowns de 1603. Ainda assim, a temperatura mercurial sobe a altitude tal que o Buckingham Palace sinaliza a linha da separação de poderes por cá designada de impartiality no idioma constitucional: “The Queen do not intervene in the Scottish independence debate.” Nos inner circles of power questiona-se até se, for real, quererão as Northern gentlepersons deixar de governar a Anglia Scotia. Mas Her Majesty pede aos Scots “to think very carefully about the future.”
Meanwhile, in other races… Mr Boris Johnson é o candidato oficial dos Conservatives em Uxbridge and South Ruislip. O Tory Darling pavimenta a rota que o pode levar ao No. 10 Downing Street também com uma love letter em latim aos Caledonians além Hadrien Wall e a apresentação no Imperial College do seu livro The Churchill factor. How one man made history. O Mayor of London e a quite unusual politician antecipa o 50th anniversary do passamento do Greatest Briton. Quanto ao Scotch to be, ou the sensitive dependency on initial conditions, tome-se The English Constitution nas conclusões de Mr Walter Bagehot sobre a história e os efeitos da história: — The old notion that the Government is an extrinsic agency still rules our imaginations.
St James, 16th September
Very sincerely yours,
V.