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Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

PORVENTURA VERSOS

 

1.

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Quando vejo por sonhos meu tesouro

Parece que o vejo numa alma aqui presente

No centro das minhas mãos cerradas e tementes

Que apertam venturas imensas ou já ausentes?

 

É altura de uma grande fantasia

Entender dano, perdição fuga e morte

Ou sublime não fosse

Aquele norte

 

Que um dia vivi se assim dizer posso

De um segredo que por o ser

Se não diz e de tão quieto se não mostra

 

Mas de indício se transforma

No beijo meu

Esse sim

 

Pois consenti-o nos meus olhos

Quando mesmo gentil

 

Não pude ver-te


M. Teresa Bracinha Vieira
2015

 

 

2.

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De ti nada guardo na memória

De ti tudo tenho em meu coração

 

E os tempos que vão

De vãs glórias

 

Mais não são

Do que teu amor, amor

Minha história

 

E quando eu morrer saberei

Do teu braço num abraço

Que segura a minha mão

 

E por tal certeza

Tudo te devo

E não só por consolo de luz

Já que a promessa

É peito e foi segredo e gruta

 

Jura por ambos feita

Luta de amor

Que em nós perdura

 

Peça única

No cristal do céu

Reconhecendo-nos

Nuvem de chuva clara

 

Saudade muita

 

M. Teresa Bracinha Vieira

2015