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Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

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Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

PORVENTURA VERSOS

26.

Porventura versos 26.JPG


Acendeste a fé no centro

Do teu próprio lar onde vivias

Tua pátria, tua arma singular de protecção

 

Deixando aberta a janela

Por onde só eu te via

E o beijo abraçado se estendia

Escada

Até aos teus braços

Nos meus

 

Quais prémios de iguais dons

Excelentes no esclarecer-se e no oferecer-se

E assim acesos

A escuridão calava algo sagrado

 

Pois que não fora culpa tua eu não ser princesa

Nem tu príncipe sem parte, par ou reino

 

Ainda que resolvido

No propósito e firme efeito

Que tão pouco

Era possível

 

Na base deste erro colossal

Na base do contra nós pelejarmos

 

Em fúria extrema e magoada

Jeito de cerco que não consente ser sujeito

Quando o prazo

O prazo

 

É só troco

De um olhar inacabado

 

Longo canto

 

M. Teresa Bracinha Vieira

2015