LONDON LETTERS
A baby Princess of Cambridge, 2 May 2015
Hurriay, hurriay. On the day of second of May… A baby princess is born. Mas que encantador fim-de-semana, este!
O novo rebento real nasce em Springtime e apresenta-se nos braços da mãe Kate, com gorro branco, rosto polvilhado a condizer e como a sleeping beauty. Os sorrisos na envolvente escoltam o “it’s a girl” desejado pelo pai William, avô Charles e aparentemente a nação esperando a People’s Princess of Cambridge. — Chérie, c’est la vie! A batalha partidária por Westminster está a concluir-se. Para a história ficará como The 2015 giveaway electoral campaign. — Hmm. The April showers bring forth May flowers. A migrant crisis avoluma-se no Mediterranean South, agora com o dedo apontado da United Nations a Brussels. Lady Rendell of Babergh despede-se. Na Tower of London soa a gun-salute pela infanta HRH Charlotte Elisabeth Diana na quarta linha do trono da House of Windsor.
A fine morning with sunny spells and light rains em dias de refrescada esperança na coroa. Um nascimento interrompe por momentos a frenética corrida de encerramento às indefinidas eleições legislativas no reino. Para aferir da atmosfera, num e noutro plano, basta anotar um percebido maior interesse geral em saber o nome da infanta que the party winner no confinante day at the races. A novel Princess of Cambridge nasce pela manhã, às 8.34 am deste sábado. A revelação sai do Kensigton Palace por email, horas antes do pregão pelo town crier junto à Lingo Wing e do oficial easel tradicionalmente exposto em Buckingham ratificar às 3pm a natividade ― quando já todos passam a nova com o “it’s a girl.” A bebé possui tamanho imperial: pesa 8lbs 3oz, uns bons três quilogramas em entrega expresso. Surpreendidos são os media acampados em Paddington (West London), com direito a fotografia familiar e a rever o Prince George a completar dois anos em July 22. A espera ocorre quanto ao batismo. Aposta-se em Alice, Charlotte e Elisabeth, este sendo o das duas avós, mas sempre acompanhado pelo mítico Diana. Os Dukes of Cambrigde anunciam finalmente hoje que a young royal child será crismada como Charlotte Elisabeth Diana.
Diversas tonalidades apresenta a frente eleitoral. A trivialidade e o desencanto de longa e febril campanha têm prova dos 9 na quinta-feira. As sondagens empatam Conservatives e Labourites, ambos em torno dos 33/34% nas intenções de voto e ambos com bagpipes in the background. A forte carta eleitoral escocesa aparece a querer ditar quem será o próximo UK Prime Minister. Nos últimos dias destacam-se David Cameron com promessa Tory de passar uma lei proibindo o aumento de impostos durante a legislatura e Ed Miliband a esculpir em gigante pedra os compromissos eleitorais, gesto que lhe vale generalizada tweetada equiparando-o a um Moses conduzindo o Labour People à terra prometida. Ao lado apelam os minor parties a escolha racional, na perspetiva altamente provável de a hung parliament. No 2015 General election tracker persiste o Westminster mistery: Conservatives – 33,6%; Labour – 33%; Ukip – 13,8%; Liberal Democrats – 8,3%; e Greens – 5,1%. A North prosperam as expetativas do SNP. Faltam dois dias para a ida à polling station.
Uns chegam, muitos correm e outros ainda retiram-se, até com suave sorriso.
Lady Ruth Rendell parte aos 85 anos de idade, após uma vida terrena recheada de eventos, desde a autoria de uma meia centena de best-selling novels à entrada na House of Lords nos Blair’ days. A maioria conhece-a pelo seu infatigável e afável Chief Inspector Wexford das séries de mistério da ITV ou os brillant psychological thriller dos radiodramas da BBC como People don't do such things. A carreira de renovadora do clássico whodunnit é sabida por longo rol de prémios, entre os Cartier Diamond Daggers da Crime Writers' Association e os Edgars dos Mystery Writers, mas menos público é a opção literária resultar de fantástico plot. Nascida em 1930 como Ruth Barbara Grasemann, numa casa de professores em South Woodford, começa como jornalista num jornal de Essex; demite-se do Chigwell Times após noticiar a local golf club dinner no qual lhe escapara o essencial: “the after-dinner speaker had died midway through the speech.” Assim descobre a liberdade de escrever sobre aquilo que gosta. — Fairwell, dear Baroness Rendell of Babergh. And… a very happy life to ours new Princess.
St James, 4th May
Very sincerely yours,
V