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Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

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Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

LONDON LETTERS

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Blair’s sorry over The Irak War, 2003-15

TRH Tony Blair pede desculpas pela errónea persuasão pública em torno da intervenção militar no Irak, mas ressalva a parcela do derrube do poder em Baghdad do President Saddam Hussein. O ex

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Prime Minister admite erros na inteligência, planeamento operacional e que a alteração forçada do equilíbrio regional das forças haja favorecido a ascensão da Al Qaeda e do Isis. É um passo político, importante, em plena contagem decrescente para a divulgação do Chilcot Report. — Chérie! Mieux vaut tard que jamais. Vitória do liberal Justin Trudeau no Canada e da nacionalista Beata Szydło na Poland, acentuando a clivagem atlântica e o soberanismo eurocético. — Well. Bad charcoal only makes smoke. O Synod de Roma ameniza a vida familiar e abriga os divorciados na Catholic Church, em fio-de-prumo entre tradicionalistas e modernizadores. O US V President Joe Biden desiste da candidatura ao Oval Office e amplia as probabilidades de Mrs Hillary Clinton obter a 2016 Democratic nomination for president, a atual frontrunner na corrida de Washington. Acordos comerciais de £30b e mais 3,900 empregos são o resultado prático da vinda ao charming kingdom de Mr Xi Jinping. A Royal British Legion distribui a remembrance poppy que laureia os caídos na World War I.

Winter atmosphere na Big London. At the present is raining, but, wait a minute, now is shining. A versatilidade dos céus condiz com o political weather em dias especiais. Há exatos 600 anos King Henry V vence a impossível Battle of Agincourt (1415), a most famous 

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English victory, justamente imortalizada por Master Will Shakespeare, e, em 1951, Sir Winston S Churchill conquista a Premiership face a RH Clement Attlee. A memória fica hoje marcada pelas bandeirinhas do império chinês na envolvente. O líder da PRC visita uma engalanada capital do reino sob curioso chapéu oficial: strictly business é o lema que acompanha Mr Xi, do primeiro minuto na Horse Guards Parade até à última ida ao estádio do seu Manchester City Football Club. Bem que desaprovam vozes nas ruas e artigos na Press; diplomático silêncio cai sobre as questões sensíveis do Tibet e dos Human Rights. A vinda vale pelos investimentos, sobretudo na indústria nuclear, bem como para ver um relutante Mr Jeremy B Corbyn vestido comme il faut na receção do Buckingham Palace. O elemento político vem de onde não seria de esperar. HRM The Queen assinala que os dois países membros permanentes do UN Security Council “have a responsibility to cooperate on these issues which have a direct bearing on the security and prosperity of all our peoples.”

Também pro memoria e para a posteridade ficam as palavras deste Sunday de RH Anthony Charles Lynton Blair à CNN Europe: "I can say that I apologize for the fact that the intelligence we received was wrong because, even though he [“the dictator Saddam”] had used chemical weapons extensively against his own people, against others, the program in the form that we thought it was did not exist in the way that we thought." O Premier do UK entre 1997 e 2007 dá uma entrevista ao Fareed Zakaria’s GPS, onde se revisitam causas e efeitos da invasão militar lançada em 2003 por superior decisão do US President George W Bush. Além do duradouro caos semeado no Middle East e da proliferação do terrorismo neomedieval, a guerra causa indeterminadas baixas entre os locais a par de 4,000 soldados norte americanos e 179 British service members. O caso e o criticismo rondam, outrossim, as presidenciais de além Atlântico. Na liderança das candidaturas republicanas, a texto ou pretexto, o notorious Mr Donald Trump persiste em recordar a responsabilidade política havida nas falhas na segurança e até no 9/11. Tão assertivo é o multimilionário que Mr Ezra Klein conclui na Vox.com que “it’s increasingly clear he’s going to destroy Jeb Bush before he loses.”

And now for something completely different: Only in Germany! Um adolescente alemão viaja de automóvel com os pais alemães por uma aprazível estrada alemã. O autorrádio acompanha o pacífico passeio, sob seleta escolha dos mais velhos, um misto de 60s and 70s songs. O insólito ergue-se lá mais à frente. A viagem musicada cessa quando, num aparatoso roadblock ao estilo de Hollywood, são mandados parar e é na mira de armas de fogo que todos abandonam o carro. A hostilidade da guarda contrasta com a perplexidade da família, agora com as mãos levantadas e a trocar entre si frases de tranquilização no meio de gritadas ordens policiais. A situation aclara finalmente. O jovem, de 15 anos, algo pateta, assentemos desde já, algures escrevinhara a palavra “Hilfe” numa folha de papel para reclamar das preferências musicais dos progenitores e depois em protesto cola na janela do veículo. A birra é tomada a sério por terceiros e as forças de segurança são avisadas sobre uma possível malfeitoria em curso. A tonteira termina bem. Mas a Polizei sempre emite comunicado público com remoque educativo, quanto à necessidade de aprimorar a inclinação do rapaz para o drama. — Hmm! Some are born wise, and some others are not so.


St James, 26th October
Very sincerely yours,
V.