LONDON LETTERS
The days of The Lords, 2015
Remember, remember, fifth of November, gunpowder, treason, and plot. O refrão das bonfires outoniças ganha luminosidade em época de revolta contra o governo Tory na House of Lords. Guy Fawkes regressa às caves dos pares e já dinamitou o projeto do Chancellor of
the Exchequer de cortar £4,4bn nos tax credits, aqueles que na campanha eleitoral recusara RH David Cameron reduzir. The Peers preparam agora nova tesourada legislativa na Investigatory Powers Bill com que a Home Secretary RH Theresa May legaliza o policiamento das “users’ web browsing histories,” ignorando, aliás, a recomendação de ceder tal licença a juízes e não a políticos. — Chérie! A l'œuvre on connaît l'artisan. RH Jeremy Corbyn enuncia em Perth a sua vision for Scotland and the rest of the UK como “the sunshine of socialism.” — Hmm! A leopard cannot change its spots. O britânico Mr Shaker Aamer sai de Guantamo Bay após 13 anos de cativeiro. A European Union elimina finalmente as taxas fronteiriças nas telecomunicações. A Russia bloqueia o santuário oceânico em Antarctica. O grupo US, Russia, Iran e outros lançam ronda diplomática para a new peace effort for Syria. Escalando o grau de envolvimento do West nas guerras do Middle East, Washington envia botas das forças especiais para combater no terreno o Isis.
Winter schedule em London. Os dias apresentam-se em molde de regresso ao passado em ideological mode, após os honoráveis lordes colocarem HM Treasury on the night of 4–5 November 1605. Vamos por partes. Sir Dave Cameron repetidamente insiste antes das últimas eleições que um novo Tory Govt “would not cut tax credits,” até porque a medida fere os mais pobres. O No. Ten muda de posição durante o 2015 red Summer. No edifício ao lado regressa o Chancellor G Osborne à obra de demolir o Welfare State e reconquista prioridade um ido abate nos créditos fiscais. Ora, o corte na subsidiação estatal é desta feita combatido e delongado até 2018 pelos vitalícios Lords sob duríssimo argumentário sociopolítico e lapidar conclusão de a medida ser "morally indefensible."
A derrota conservadora sucede devido à presença de duas maiorias adversas em Westminster. À superioridade dos Tories na House of Commons opõe-se uma clara hegemonia das oposições na Upper House: mais 12 MPs nos green benches, mas apenas 212 em 819 nos red benches. Está assim criada a receita para uma nova frente na larvar crise constitucional, a somar à devolução de poderes em Scotland e à incerteza da permanência do UK na European Union. Que o choque ganha contornos da conspiração que eterniza Rocket Fawkes na luta pela justiça social fica visto. Derrotado o delfim Osborne à Tory crown, o alvo é agora a pretendente May. Em causa está polémica lei contra o terrorismo e os sensíveis limites da privacidade individual, tema caro cá pelas ilhas e onde todos se responsabilizam pelo keeping watch. Mas aquilo que para uns é uma inadmissível manifestação do Nozy Parker com ou sem uniforme, é para outros “merely a routine upgrade to the engine of domestic security.”
Animado anda também o debate partidário de além oceano. Um novo encontro televisivo dos candidatos republicanos na corrida presidencial obscurece a estrela do front runner Mr Donald Trump em favor dos igualmente inefáveis Senators Marco Rubio e Ted Cruz.
Pior mesmo que as acusações mútuas entre os cândidos demandantes ao Oval Office da superpotência ocidental, só já as notícias de crescentes deserções financeiras no seio da campanha do outrora favorito Jeb; i.é: Mr John Ellis Bush. Diversos e pluralmente orientados media informam que o antigo governador da Florida desenvolve contatos com donors & supporters com singela mensagem política: que este filho e irmão de dois ex US Presidents possui a fibra necessária para se bater pela Republican Party’s nomination.
O imenso quê que distingue os grandes líderes da banalidade esteve em equação no Channel 4 neste Saturday, após emissão do documentário How To Be The Queen: 63 Years And Counting, de Mr Chris Durlacher. Refletindo sobre a bem-aventurada experiência da Queen Elisabeth II, um painel de ilustres examina o como e o porquê de Her Majesty permanecer inquestionada quer no trono do United Kingdom, quer no afeto dos Britons. Palavras e gestos de um subtil comando nacional constituído como poder moderador cingem sucessivos ensaios de definição do antigo khárisma, aquele dom divino ou graça mundana que, pelo exemplo de integridade, eleva os influentes na terrana Civitas e inspira a devoção na civitas Dei. — Well! As Hebrew and Christians say, the paradigmatic image of the charismatic hero is the figure who has received God's favor.
St James, 2sd November
Very sincerely yours,
V.