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Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

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LONDON LETTERS

Mr Franklin and The Duncaniana, 1766-2016

RH Iain Duncan Smith demite-se do HM Government. A shock resignation abre rombo no galeão conservador e fere o 2nd Lord of Exchequer no path to power. A saída é justificada com corte do Treasury no apoio a pessoas com necessidades especiais, "a compromise too far." Reage o Prime Minister com prontidão, zunindo antes o abandono derivar do referendo europeu e do posicionamento do Work and Pensions Secretary na ala rebelde do Leave.

A refrega é tamanha que a mim conduz, sim, às sequências bélicas no épico Master and Commander. — Chérie. Mars venteux et Avril pluvieux font le Mai gai et le Juin gracieux. O Chancellor RH George Osborne apresenta o Budget 2016 na House of Commons. Aplaudido pelo PM, a Osbo’s taxation afronta tempestade mediática, mostra as fendas nos fortins do Tory Party e desagua na cessão do par. Se os ventos sopram o beware The IDS, a Loyal Opposition pede a sua cabeça. O 18 March marca até a 250.ª vela no Declaratory Act, após o londrino acidental Mr Benjamin Franklin persuadir o Parliament da iniquidade do Stamp Act, os MPs rejeitarem o imposto mas canonizarem o direito pátrio de taxar as colónias, tudo depois redundando na American Revolution. — Hmm! When the birds are away, Galapagos tortoises can play. Brussels e Ankara acordam comum gestão dos refugiados, a expensas de cofres e intenções. A Economist Intelligence Unit classifica a alta elegibilidade de Mr Donald Trump na White House Race como a major geopolitical threat, acima do Jhiadismo, do petróleo ou da Brexit. Com a violência a escalar na campanha, o milionário is still winning. O US President Barack Obama faz história em Havana e nomeia o Hon Judge Merrick Garland para o Supreme Court, sob bloqueio republicano em Capitol Hill. Os Princes Willam e Harry planeiam a Memorial Garden para Diana of Wales em Kensington Palace.

Good-looking early springtime em London. Também politicamente vulcânico, quiçá louvor às navegações equatoriais de ilustre antepassado do protagonista do momento e a trovão idêntico à renúncia de Sir Geoffrey Howe que, em 1990, vulnerabiliza a Premier RH Margaret Thatcher. Que alguém quis lançar alguém aos lobos, parece líquido, restando saber quem o fez a quem. Da lava, cinzas e enxofre que resultarão da saída de Right Honourable IDS, declarará o futuro. Para já, além do choque de um PM que se diz "puzzled and disappointed," há a remodelação no Cabinet e a promoção do Welsh Secretary RH Stephen Crabb (MP por Preseli Pembrokeshire). Os Ids of March têm profuso passado. O território onde, em 1766, "Franklin, of Philadelphia" testemunha face ao Parliament sobre a atitude dos atlantes face aos tributos do King George III. O diálogo no Hansard é limpído. “Question: Do the Americans pay any considerable taxes among themselves? Answer: Certainly many, and very heavy taxes.” O Bostonian esclarece que os frontier counties estão depauperados e inabilitados de pagar novas rendas. “Q. Are not the colonies, from their circumstances, very able to pay the stamp duty? A. In my opinion there is not gold and silver enough in the colonies to pay the stamp duty for one year. | Q. Don’t you know that the money arising from the stamps was all to be laid out in America? A. I know it is appropriated by the act to the American service; but it will be spent in the conquered colonies, where the soldiers are, not in the colonies that pay it... | Q. Do you think the people of America would submit to pay the stamp duty, if it was moderated? A. No, never, unless compelled by force of arms... | Q. Why may it not? A. Suppose a military force sent into America (…). They will not find a rebellion; they may indeed make one.” Com idêntica clareza diz agora o líder do Labour Party, RH Jeremy “Lucky” Corbyn, dos disability cuts: "Simply not fair, not right."
O antanho tem também grave ilustração nas paredes do gabinete do agora ex Tory Minister. Este era o espaço de trabalho de quem equaciona o trade sem diáfanos mantos: “Politics is war without the death.” Em torno de IDS havia óleos e afins de seabattles, WS Churchill e familiar herói da Battle of Camperdown em 1797: Adam Duncan, 1st Viscount Duncan (1731–804).

Sobre o valor do homem basta notar que dá nome à também conhecida como Galapagos Island, por onde deambula Mr Charles Darwin durante a viagem no HMS Beagle e cujas reflexões, observações e coleções locais assistem à poderosa theory of evolution by natural selection. A jornada oceânica possui magistral relato no seu "Journal and Remarks, 1832-35" e ainda na "Narrative of the Surveying Voyages of His Majesty's Ships Adventure and Beagle", sob liderança do então Captain e logo Vice-Admiral Robert Fitzroy. A Duncan Island tem o seu quê de mítico. Cedo por lá andam portugueses e espanhóis na passagem dos hemisférios, em plena era das descobertas. Está nas The Encantadas de Mr Herman Melville, o criador do lendário Moby Dick (1851/854). Já a courage of the few que vence as Napoleonic Wars ecoa ultimamente em Master and Commander: The Far Side of the World, de Peter Weir (2003), épico protagonizado por Mr Russell Crowe — enquanto Capt. Jack Aubrey e contracenando com Mr Paul Bettany como Dr. Stephen Maturin e Mr Max Pirkis como Lord Blakeney. O trio retine tanto o biólogo no Equator quanto o jovem Lord Horatio Nelson e o seu mentor na Royal Navy: o Commander Duncan, protótipo de carismático líder forte, duro e justo. Uma inspiração, decerto, também para quem, nos nossos dias, maneja o machado no Welfare State e fica agora solto para hastear a bandeira da Brexit na batalha europeia; no caso: contra os Bremainers Osborne MP e PM Cameron. Pro memoria ficam palavras da passagem do Scotch pelo leme dos Conservatives entre 2001-03: "Do not underestimate the determination of the quiet man.” No mais do voto de 23rd June: Only 93 days to go…

Westminster debate agora o desbaratado Budget 2016, o qual se emprega em melhor de igual. Na estreita maioria no Parliament, porém, muitos MPs antes apostam na queda do Tory Crown Prince do No. 11. O Prime Minister faz hoje a statement na House of Commons e constitui como objetivo “a big Remain victory,” a fim de restabelecer a autoridade nas hostes mas ainda sem exibir un lieu de l´avenir para a ideia da indispensable Atlantic Europe. Com um défice da ordem dos £8b e o compromisso de, até 2019-20, mais do que equilibrar as finanças públicas, inscrever raro excedente nas contas, já o Chancellor tem sombras na guiding supreme ambition de aceder ao 10 Downing Street. O flanco hostil dos eurocéticos alarga com uma fatia crescente dos backbenchers insatisfeita com a Osbo’s Economic basic formula: cortes nos apoios sociais + créditos fiscais aos afluentes. Tudo somado vem excêntrica equação das rivalidades políticas: (1) a distribuição social do fardo da austeridade; (2) a sucessão no Conservative Party; e (3) o voto no EU Referendum. — Hmm! Keep in mind Master Will at “Much Ado About Nothing:” Friendship is constant in all things / Save in the office and affairs of love.

St James, 21st March
Very sincerely yours,
V.