Vinicius de Moraes
(Do poema “O INCRIADO”)
Eu sou como o velho barco que guarda no seu bojo o eterno
ruído do mar batendo
No entanto, como está longe o mar e como é dura a terra sob
mim…
Felizes são os pássaros que chegam mais cedo que eu à suprema
fraqueza
E que, voando, caem, pequenos e abençoados, nos parques
onde a primavera é eterna.
Julgo que também por estas palavras o joio se separa do trigo e se aclara o momento que não nos espera. Ainda que a ternura peça ao mundo o vagar das vagas.
Teresa Bracinha Vieira