CRÓNICAS PLURICULTURAIS
18. A ARTE É DA HUMANIDADE
Se uma obra de arte vale por si e é um fim em si mesmo.
Se vale pela sua autenticidade, intemporalidade, originalidade e universalidade.
Se vale pela sua meritocracia e valor intrínseco.
Partilhando critérios de cultura pura, ausentes de consentimento e validação externa, em prejuízo de critérios de cultura para, funcionalizados por motivos partidários, políticos ou ideológicos.
Quer copiando ou imitando a vida, ultrapassando-a ou transcendendo-a.
Então a arte não é do centro, da direita ou da esquerda.
Não é, nem pode ser, propriedade da direita, da esquerda ou do centro.
Não é politicamente apropriável.
Não é um exclusivo de alguém.
Nem monopólio de ninguém.
É da humanidade.
Propriedade e património perene da humanidade.
De toda a humanidade.
Na unidade através da diversidade.
Em que o acesso à sua fruição cultural e espiritual é um bem de todos.
13.11.2018
Joaquim Miguel de Morgado Patrício