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Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

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REFERÊNCIAS A TEATROS LUÍS DE CAMÕES

 

Evocamos hoje e atualizamos em simultâneo dois textos oportunamente aqui divulgados, em situações que, para cada um deles, enquadrava a atualidade: atualidade essa que obviamente não se perdeu.

 

Trata-se então do estudo de dois modernos Teatros Luís de Camões, um eles denominado hoje Teatro LU.CA, ambos em Lisboa. Importa ter aliás presente que no início do século XX existiam em Portugal pelo menos um Teatro Camões em Bragança, inaugurado em 1892, e dois Teatros Luís de Camões, um em Belém, inaugurado em 1880, o outro na Ilha do Pico, inaugurado em 1888.

 

Ora, há cerca de 10 anos, aqui referimos o Teatro Luís de Camões surgido da renovação urbana decorrente da Expo 98, no Parque das Nações em Lisboa, e que nesse contexto foi aliás também evocado com o nome de Júlio Verne.

 

Trata-se, este Teatro, de um projeto de Manuel Salgado e Marino Fei, notável nos dois blocos que em si mesmos, pela perspetiva cenográfica, marcam desde logo a vocação da arquitetura de espetáculo.

 

E precisamente: como de espetáculo se trata, nada mais adequado do que a citação de José Augusto França, a propósito deste Teatro, quando evoca “o segundo espetáculo que o grande átrio, com as suas escadas simétricas, oferece do exterior, pela transparência da parede que o fecha ou abre, de tal modo que os utentes do espetáculo da sala são usados também por quem passe e olhe as suas deambulações” (“Lisboa, História Física e Moral”, ed. Livros Horizonte 2008).

 

Por nosso lado, referimos já aqui o Teatro Luís de Camões da Calçada da Ajuda. Este foi inaugurado em 1880 com a peça “Camões e o Jau” de Casimiro de Abreu. A iniciativa ficou a dever-se a um comerciante local, de nome João Açúcar. Sobre este Teatro evocamos a sua relevância sobretudo na época, mas não só.

 

Pois como tivemos ensejo de referir, o Teatro passa em 1899 a servir de sede ao Belém Clube. Lá se estreou e se despediu, muitos anos passados, a atriz Adelina Abranches. Por lá passaram grandes nomes da cena, como João Villaret, Mirita Casimiro, Sales Ribeiro, Procópio Ferreira, Bibi Ferreira.

 

E até Tomás Alcaide lá iniciou uma fulgurante carreira que duraria até à sua morte. Evocaremos Tomás Alcaide em outro texto.

 

E da fase mais recente do Teatro Luis de Camões e do atual Teatro LU.CA falaremos também noutro artigo.

 

DUARTE IVO CRUZ