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Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

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REFERÊNCIAS A OBRAS, ARTISTAS E EDIFÍCIOS DE TEATRO NUM DICIONÁRIO

 

Não será obviamente esta a última vez que aqui se referencia o “Dicionário no Feminino (séculos XIX-XX)”, coletânea de estudos dirigida por Zília Osório de Castro e João Esteves, coordenada por António Ferreira de Sousa, Ilda Soares de Abreu e Maria Amélia Stone, num total de 904 páginas e, no que se refere ao teatro, contendo centenas de artigos sobre teatros, artistas e criações ligadas a  espetáculo, da autoria de 67 colaboradores especializados.

 

Tudo isto, no que refere então criadores e artistas, sejam escritoras, arquitetas, interventoras de espetáculo e outras intervenções, numa seletividade que o próprio nome da obra referencia: “Dicionário no Feminino”, como já citámos.

 

E desde já se assinale que a óbvia seletividade que o título do livro engloba, concilia-se numa imensa variedade temática, no que se refere especificamente ao ramo e às artes do teatro e do espetáculo. Pois de acordo com a seleção, nesta primeira fase da análise que aqui se efetua, encontramos algo com cerca de 103 artigos, todos de qualidade, englobando a vida e a obra de dezenas de artistas, escritoras, atrizes, encenadoras, jornalistas especializadas, cenógrafas, enfim, toda a imensa variedade de criação que marcaram nos séculos XIX-XX a atividade ligada ao teatro-texto, ao teatro- espetáculo, ao teatro- edifício, ao teatro-arquitetura, ao teatro-cultura...

 

De tal forma assim é, que não podemos aqui referir sequer a globalidade dos temas e ainda menos das referências criativas e profissionais. Por isso é pois de salientar a própria heterogeneidade, sendo certo – e é um mérito da obra - que são referidos teatros, peças, espetáculos, cenários, em suma, toda a complexidade que envolve esta arte.

 

E também é de salientar a abrangência da pesquisa no que envolve a própria complexidade das artes do teatro-espetáculo e a diferenciação dos nomes referidos, no que respeita às carreiras. Há que ter presente também aí a heterogeneidade que aliás constitui característica dominante da (s) arte (s) do teatro e do espetáculo.

 

 Pois no livro temos artigos adequadamente evocativos de grandes e conhecidos nomes da criatividade e da vida pública portuguesa: mas no conjunto de biografias, há que reconhecer e elogiar a variedade e seletividade de vidas, obras, criações e intervenções. Com um mérito ainda digno de especial destaque, pois surgem tanto artigos sobre personalidades femininas bem conhecidas, como artigos sobre personalidades femininas esquecidas ou hoje já completamente ignoradas, mesmo por especialistas, mas que merecem a referência e a pesquisa inerente! 

 

Dispensamo-nos, agora de fazer citações exemplificativas deste mérito do livro, no que se refere especificamente ao teatro e aos teatros: mas poderemos fazê-las em outras ocasiões.

 

DUARTE IVO CRUZ