CRÓNICA DA CULTURA
1. A CASA DOS 4 CAMINHOS: quando a ideia do fim sobrevive ao fim
Acabo de encontrar um sentir-chave: eu já sou uma floresta à porta de um dos caminhos da Casa. Por ela ofereci um acesso.
Comuniquei.
Usei uma combinação de palavras que exprimiram uma nova luz e ela é nova ou não fosse uma descoberta consentida no meio metalinguístico.
Borges conhece bem o ser humano e as suas fragilidades. Ele sabe «que uma coisa sugerida é muito mais eficaz que uma coisa expressa.» Ele sabe que o que fica por dizer é capaz de atear um pacto com o fogo e com a neve.
E acrescenta: «Também se escrevem palavras para nos livrarmos delas»
Então pergunto: se assim não for choco com algo físico, algo sem emoção? Algo bruto?
Recordo-te Jorge Luis Borges
As ditaduras fomentam a opressão, as ditaduras fomentam o servilismo, as ditaduras fomentam a crueldade; mas o mais abominável é que elas fomentam a idiotia.
Sim. Ouvi-te.
Agora, de um fim dos tempos surgiu o corona e dos emplumados auditórios das elites até às marchas populares, ele roubou-lhes as audiências, as carpetes e os asfaltos, e os resíduos apenas batem às portas do bem-estar, por vezes com violência escutando dos ácidos insubstituíveis a promessa de se proporem construir-se em clonos invisíveis do outro lado das máscaras.
Bella Ciao
O bella ciao, bella ciao, bella ciao, ciao, ciao
Teresa Bracinha Vieira