POEMA
Eu tenho um anjo de água que me desfaz os poemas-dor
Este meu anjo de água reescreve-me as lágrimas
A contra-coração
E quando sou medo logo vou ao ponto onde o sei
E na torrente que sempre me propõe
As cores balsâmicas
São as forças
Que me ateiam
Vindas do meu anjo de água-esmeralda
Meu anjo impalpável
No horizonte-tempo
Que me torna nítida
No exato momento em que o poema
Age
Ou amar não fosse
Desde tão antigamente
Disseste, olhando-me
Teresa Bracinha Vieira