CRÓNICA DA CULTURA
EXERCÍCIO
Vencida pela força do meu dano
Nadei no manso rio
Onde as ninfas de todos os desenganos
Nos chegam transparentes como as águas
Disse-lhes:
Não estou exausta, enquanto tiver vida
A minha força será sempre
Pedida
Pelo rigor do desvio do mundo
Pelo cioso fogo do dia
Em que vencida pela força do meu dano
Nade, pois, no manso rio
E de tanto me levedar
Desate assim a laçada estreita
Do código das águas de destino próspero
E sejam elas o banho da rosa encarnada
Na maravilha dos teus olhos
Amor
Teresa Bracinha Vieira
Obs. Reposição