CRÓNICA DA CULTURA
Iam os ventos muito grandes em demanda
Das coisas deste mundo e era dezembro
Apressem-se, apressem-se – ouvia-se
Tendes vós pouco tempo para o nascer encontrar
E só ele vos dará o favor do deus para os poemas
Favorecidos pelo sonho que sois
Mânticos e núbios à aproximação da luz
Diz o Ouvinte:
Concedo-vos argila e oleiro
Moldai a ideia nova e se faça ela tão perto
De tão perto e tão humana
Que não haja casa nem rua
Onde não penetre
E de onde
Se não invada
Mão.
Teresa Bracinha Vieira