TEORIA DA REALIDADE
HAI-KAI
E digo à flor que se abstenha
De murchar
Que se coíba de morrer
Faria tudo para que me obedecesse
HUMILDADE
O coração não se sabe localizar
Quando tudo é sofrimento
Numa mão ainda aberta, ainda quente
E decepada
Sua razão é regressar
Numa baga de água redonda
E rolar, rolar
AO POEMA
Um dia terei dimensão
Para ser a hospitalidade inteira
Um dia, naquele dia
Em que ninguém mais receará
Ser abandonado
Teresa Bracinha Vieira