CRÓNICA DA CULTURA
EM DEFESA
Apreender em que espécie de mundo estamos a viver, é vital ao poder que podemos ter para incentivar uma comunidade que resista ao controlo dos demais pelos demais, e fazer com que o acesso ao conhecimento, seja uma das grandes participações democráticas.
Deixar amplo espaço para um credível empreendedorismo que trave o trabalho escravo, e que o Estado ceda oportunidades de criação de valores aos setores que conheçam o modelo que suplanta o plano, e se consiga atingir a antecipação de complexidades dotadas de simplicidade bastante a uma escolha informada, seria um objetivo de uma nova interatividade.
Impedir a monopolização da informação a fim de que uma visão de futuro implique luta de ideias inovadoras, capaz de, no nosso tempo, criar um lazer que possa significar, desfrutar de uma vida culturalmente rica; equilibradamente compreender o que a Terra pode ou não sustentar; combater o desequilíbrio profundo entre salários e reformas num mesmo país, identificar e atribuir a luz justa ao mérito pode não ser utopia.
Se queremos algo melhor do que a realidade em que vivemos, não sejamos meras sequências de dados pardos. A inteligência artificial por nós criada, é por nós sempre revisitada a todo o tempo. Há que não permitir que seja um check-in o que estabelece a nossa identidade.
Talvez se se atingir o início de um caminho de utilização ética dos algoritmos com oportunidade de recusa, seja esta uma resistência indispensável e que afinal dentro de nós até já começou.
Teresa Bracinha Vieira