CRÓNICA DA CULTURA
Há que aprender a liberdade
Averiguar por nós próprios o que incapacita os porquês é saber o que pode ser alcançável.
O que cada um de nós pode e deve fazer para que se concretize a liberdade, é em si um movimento histórico ao bem-estar humano.
Os tempos destituídos de opções reúnem homens com as mesmas desvantagens, os mesmos ressentimentos subjacentes à infelicidade e à cegueira interior, e permitem o acesso ao poder dos que cavalgam as suas injustiças e guilhotinam aspirações.
Aprender a liberdade, é detetar o reaparecer das bolorentas ordens com pessoas diferentes e desigualdades iguais.
Afinal, tão só ligeiras variações, e o escalar das grandes mentiras pode continuar a ter sucesso.
Então, é a mesma vida submetida que persiste, é aquela que nunca assume o comando do sonho. Aprender a liberdade é uma jornada de vida fecunda: uma defesa apaixonada da humanidade.
Numa era de profunda incerteza dos próprios recursos dos homens, e aqui chegados, queremos que nos controlem ou desejamos algo melhor?
Pensar, e a liberdade de poder transmitir o pensar, poderá ser a melhor definição do «indivíduo ligado em rede».
Teresa Bracinha Vieira