Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!
Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!
A liberdade é um sentir que quando alcançado nunca evolui para trás.
Muitos não o sabem porque não sabem o que é o saber, e não o sabendo, desconhecem que algo essencial sobre a sua identidade é constantemente atacada.
E afinal tudo tem a ver com o modo como as pessoas pensam a liberdade.
Os aparelhos de opressão de certas instituições das sociedades, desde sempre, estiveram e continuam, no processo de pôr limites ao que se pensa e ao que se diz; inclusive a franqueza da arte é responsabilizada pelas sérias dificuldades de a manter controlável, motivo bastante para a considerar «ilegal»
De muitos modos, diga-se, inúmeros galileus continuam a negar o que sabem ser verdade.
Ultimamente nos EUA (e não só) tem tido lugar, com uma clareza arrogante, e por parte de um mundo de acusações desonestas, o quanto é importante que a liberdade signifique fanatismo autorizado, distorcendo-se as palavras de modo que as violências dos significados conduzam à insanidade das interpretações.
Encontramo-nos, de facto, face a uma sensibilidade contemporânea desencantada na pergunta do como chegámos aqui, e afinal o que chegou antes de nós, para que isto acontecesse.
Fomos contando a nós próprios as explicações de tudo o que não fomos entendendo, e no amor e no medo chamámos os deuses, desejando sermos os seus favoritos, já que se preferissem outros que não nós, então pensaríamos em Aracne transformada em aranha.
Nunca admitimos o quanto a humanização também surgiu prenha das suas muitas e grandes falhas.
Todas estas coisas aconteceram de há muito, mas a história não tem sido um espaço disputado acerca do passado para melhor interpretação do presente.
As princesas e os príncipes mimados, os poderosos do revisionismo, os supremacistas, os da pseudoinvestigação filosófica que lhes esconde as inseguranças, são os grandes fedelhos dos desejos de que os seres humanos nunca os ponham em causa; são os incapazes de compreender que em liberdade, a existência é um direito a defender e a celebrar; que a liberdade é um sentir que quando alcançado nunca evolui para trás.