CRÓNICA DA CULTURA
“Aqueles que queimam livros, acabam cedo ou tarde por queimar homens.”
Heine
Tragicamente, existem muitos processos de queimar livros, de espremer vidas lentamente confundindo-as, levando-as à destrutibilidade, fazendo-as crer que nunca saberão nada nas suas limitações, na questão das origens, na questão do amor, na questão dos deuses, na questão da liberdade.
Porém, acreditamos que as pessoas que compreendem os perigos, conhecem a jugular da condição humana, as lentes que podem dobrar a luz.
Então, há que não esquecer o quanto a história cultural esclarece os fascínios, as repulsas, os medos, todos espécie de convidados de nós próprios, nós, os anfitriões de famílias e outras instituições-celebrações, e parte integrante do permitir e do julgar, impiedosos e vulneráveis, confinados e confinando num sistema que uma vez dentro, parece não haver saída, mas há! E, a propósito, a partir dessa saída não se serve nenhum guru.
Teresa Bracinha Vieira