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Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

POESIA

Quando no dia

o era

é

  


1.

Como era, como era?


Era como a passagem de uma brisa,

o pensamento ia sem norma,

tão leve, tão volúvel, tão impreciso como um sorriso


2.

Como era, como era?


O silêncio puro, o riso carmim, as essências molhadas

de laranjas

um nada muito cheio

enquanto os amigos nobres

nas mãos


3.

Como era, como era?


Quando a luz da tarde-oiro

no amor por entre os choupos

porque vivo, porque vivo

porque sei saber sentir

nas palavras por dizer

acesas


4.

Como era, como era?


A vida universal

um hálito da terra vestido de tristeza e de sorriso

Os pássaros vivendo em tudo

Os moinhos de vento, vagamente flores

e os comboios que não param


5.
 

Como era, como era?


Quando no dia

o era

é

por todas as razões

liberdade


Teresa Bracinha Vieira