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Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

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A FORÇA DO ATO CRIADOR

 

A habitação coletiva no movimento moderno. 

 

O movimento moderno ao aliar a casa unifamiliar à unidade de habitação vertical permitiu criar uma profunda relação complementar entre o indivíduo e a coletividade. De modo, a poder conceber uma casa na cidade, tão humana, diversificada e diretamente comunicante com a natureza, como a que se havia concebido para o campo. 

 

A célula em altura, no domínio da habitação social foi a solução mais higienista que afrontou com mais pertinência os problemas postos na cidade logo após a revolução industrial. As descobertas processaram-se em torno da célula estreita, do duplex, do semi-duplex e do piso único. (N. Portas)

 

O aparecimento do grande bloco moderno justificou-se ao conseguir responder com eficácia às novas exigências da civilização industrial de construção rápida, de prefabricação e modulação. 

 

Em muito, a pesquisa da habitação coletiva, beneficiou da experimentação de novas espacialidades, organizações funcionais e novas vivências do espaço doméstico das vivendas modernas.

 

'Foi na habitação coletiva, adotada para servir ou programas urbanos de luxo ou de âmbito social, que se ensaiaram, com um sentido de maior radicalismo formal e funcional, novos sistemas de acessos, de organização das habitações de acordo com modernas noções das áreas e cubicagens necessárias, definidos segundo os novos conceitos de habitar.', Ana Tostões In 'Os Verdes Anos na Arquitetura Portuguesa dos Anos 50.'

 

O bloco de habitação coletiva moderno é uma unidade autónoma na cidade, que inclui pequenas estruturas comunitárias - como creches para crianças, lavandarias coletivas, unidades de comércio de primeira necessidade, salão comunitário, piscinas e jardins.

 

Ora, Le Corbusier desenvolve o Plano da Cidade Radiosa, segundo unidades de habitação autónomas que concentram em altura todos os sistemas - habitação, comércio, escritórios, serviços, aproveitando os terraços como grandes espaços coletivos de jardins suspensos com piscinas e outros equipamentos.

 

No final dos anos 40, concretizou-se a Unidade de Habitação de Marselha, a obra mais influente de Le Corbusier e sem dúvida a mais copiada. Esta obra constituiu-se o modelo arquitetónico dos grandes edifícios coletivos. As suas formas são próximas do universo da máquina e o bloco assente em grandes pilotis está rodeado de grandes espaços verdes e de sol.

 

Num só edifício consegue-se aliar a casa unifamiliar, o bloco coletivo e a cidade. Num só edifício une-se arquitetura e urbanismo. 

 

Ana Ruepp

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