CALCUTÁ
Um largo de gente entrançada na dor
Enrolada em rastilhos de morte
Aguardando numa oficina de mundo
Que as cordas lhes atem as unhas
E sejam estas colocadas ao lado dos crânios
Enquanto as orações macias lhes digam
Vede que ainda aqui estamos
Neste corredor sem meta
Que a cada passo ecoa
Agora agora agora
E mais não se ouve dizer
Por muito que se escute a pintura de Max Ernest
Teresa Bracinha Vieira
Outubro 2017