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Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

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Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

CRÓNICA DA CULTURA

 

Enquanto a partilha de mundo é feita com muito menos caridade do que a feita por Deus segundo a balada de Schiller, alega-se que a humanização atinge glórias no nosso tempo. Falo daquela que por aí veem passar arrastada, a trote ou a galope ou em pose, consoante lhe propõe a selfie (photo you take of yourself com muita alegria e muita joy and others you may know) e desconhecendo a idade do tempo, a impaciência da fome e seus géneros.

 

As notícias negras de tudo o que aconteceu no dia anterior ou no exato momento, chegam-nos com o timbre de uma gutural água furtada, que pinga comoção e objetividade, em dose q.b. para não atrapalhar os poetas e comentadores de serviço e de função. E aí está o exclusivo que se quer oferecer a todos. O exclusivo sem procedência, mas proprietário de uma escola temente aos dias, não vá um dia não acordar igual ao outro e nascer desalmada, uma guerra do tira-olhos que para si não diligencie que os bonitos sempre dono têm na contenda disto tudo.

 

Enfim, no meiinho das mãos, no very deep inside da esmagadora maioria e de certas minorias, cada um de per si, como dizia um colega meu quando nada entendia do que lhe perguntavam, encontra uma petição de mercê e se não puder ser tanto, ao menos uma assinatura devota de gratidões, nesta crise entre a escola velha e a escola nova, quando os conteúdos de ambas se abraçam pelos ermos sucessos que festejam de si, Helas! num desgraciadamente promissor.

 

Aqui chegados, les gens, também conhecidos pelos hi people! continuam a partilhar mundo e nele o triunfo dos porcos, heróis de sentimentais melenas e gestos inspirados – o que não é muito fácil de realizar, cantando.

 

Teresa Bracinha Vieira

Julho 2017