LONDON LETTERS
A modern new £1 coin, 2014
Uma nova moeda com a esfinge de HRM The Queen ornamenta a pasta do 2014 Budget Day proposta em Westminster pelo Chanceler of Exchequer. A cunhagem do Royal Mint em 12 faces surpreende na forma não redonda. A diferenciação serve decerto para recordar que toda a moeda tem dois lados e o humor é silente capacidade de ver o terceiro de quem a possui, ou não possui. — Chérie, la parole est d'argent, le silence est d'or! A proposta orçamental de Mr George Osborne MP vem em tom hérculeo, de quem tenta domar um défice de 74,6%, um desemprego de 7,2% e uma galopante dívida nacional que no minuto ascendia a qualquer coisa como £1,265,033,731,176. —Humm. One coin in the money-box makes always more noise than when it is full! Com os presidentes Barack Obama e Xi Jinping de visita a Brussels, após um nuclear summit sem a presença em décadas da Rússia, ocorre hoje o Clegg vs Farage Europe Debate.
Estímulos à poupança, dieta nos consumos públicos e sound-bytes como “this is a Budget for the makers, the doers, and the savers.” constituem-se como ingredientes básicos no fresco Chanceller statement na House of Commons. Em paralelo a rebelião nas bancadas do Labour Party após a decisão de Mr Ed Miliband apoiar alguns cortes nas linhas antes desenvolvidas pelo ido Blair-Brown Government, os contornos e os efeitos orçamentais são conhecidos. A política económica persiste em azulada aposta na competitividade fiscal e um delgado welfare state, mas tal qual as caraterísticas da nova numerária singularizam Mr Osborne no PR game, também recorte tão augustamente laminado obriga a inútil revisão de tudo quanto é máquina de caça-níqueis. Resta saber, em exercício talvez menos triunfal, se a beleza inegável da modern £1 coin guarnece a ainda não cumprida gladstonian box contendo um "all about building a stronger, more resilient economy." Ou, por menos palavras: se resulta melhor que suave crescimento do GDP para abrir o grey austerity sky.
Em interlúdio dos graves dilemas geopolíticos que assombram uma situação internacional dominada pela Crimea crisis, e ditaram a ausência de Mr Vladimir V. Putin no Nuclear summit in The Hague, a atenção de Whitehall centra-se já nas redondezas de Trafalgar Square. Se a globalização se pensa no Foreign Office sob um novo multilateralismo do G7 capaz de afirmar maior coesão ao espaço atlântico, nos estúdios da LBC, live, ocorre a primeira parte do debate entre os líderes dos Liberal Democrats e UKIP. A ementa é soberba: Yes or No to Europe. Á partida, o confronto Nick v Nigel permanece indistinto quanto a gloves or sword, or fire.
Uma coisa extrardinária, mesmo de mistério, ocorre nestas semanas pelos mares da insulíndia. Nas antípodas recria-se uma mega busca, não ao Red October, mas ao missing plane MH-370. Navios de várias bandeiras buscam um boeing do tamanho de uma mansão presumivelmente desaparecido algures sobre o oceano ao voar em oposto sentido da Malaysia para a China. Quando os USA retornam à espionagem digital à moda antiga, não invadindo sem fundamento legal a privacidade dos cidadãos à volta do globo, não deixa de ser lição de humildade a tragédia da aeronave asiática. — When pride comes, then comes disgrace; but wisdom is with the humble.
St James, 25th March
Very sincerely yours,
V.