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Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

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LONDON LETTERS

 

  

 

The New Atlantic Revolution, 2016

 

What a week! Britain vota a saída da Europe Union, perde o Prime Minister, o Chancellor of Exchequer quase desaparece, a Most Loyal Opposition planeia despedir o líder, Lord Hill, o comissário em Brussels, exonera-se a si mesmo, Mr Toni Blair está de novo nas televisões nos interregnos da vida na sua fortaleza

de Oxfordshire e Monsieur Jean-Claude Juncker ameaça maltratar o Free UK. Woah! Mais no zapping: os ingleses sonham alto com St George, os escoceses idealizam novo referendo sobre a autonomia mas talvez sem St Andrew, os irlandeses temem o retorno dos troubles e os galeses rejeitam a integração política por St David. Ainda: milhões de pessoas assinam petição para re-run the EU eureferendum! Confesso-me cética face aos ‘cristãos novos’ da democracia de Westminster. — Chérie. La nuit porte conseil. O choque da Brexit no sistema global ainda vai nos primeiros passos. RH David Cameron discursa na House of Commons. Berlin e Paris acordam um processo que arrisca a implosão da EU, quando a libra e o euro estão sob fogo dos mercados. Este será a rational long good-bye. — Well! The name of the game is cricket. Se o voto do Old Liberalism agita as posições do New Liberalism, também o New Labour ameaça o Old Labour. Desde ontem que o Team Corbyn assiste à demissão dos membros do Shadow Cabinet à razão mediática de um por hora. Abrem os Wimbledon Championships 2016. RHs Boris Johnson e Teresa May avançam para a Tory crown. Lá longe, o Iraqi Army informa da conquista final ao Isis da cidade de Fallujah. Nos US, uma sondagem nacional fotografa a White House Race. Mrs Hillary R Clinton lidera a competição com 51% face a 39% para Mr Donald J Trump.

 

 

A glorious English Summer. Sunny and with fresh showers to ease up the hot environment at Central London. A volátil metereologia denota o ambiente de incerteza política que se abate sobre o reino unido das four nations com o histórico voto referendário de 23rd June: os Britons dizem não à permanência na European Union. O Project Fear fracassa ao toque do bom humor. Também o name & shame da diabolização dos Brexitters falha, mas deixa feridas para sarar. Há no ar um quê de restituição moral do que é essencial na ordem do destino. Garanto-vos isto: pelo rosto dos que passam, julgo saber se votaram In or Out. Os primeiros estão jubilantes enquanto os segundos andam entre a tristeza e a fúria. Políticos profissionais há nas televisões que ousam pensar e se atrevem a dizer dos 1001 modos para reverter o resultado. A campanha dura demasiado e o voto espanta as elites! As Sunday Politics agitam até Westminster District. O transeunte acidental julgaria haver a Parliament Sitting. Afinal, apenas uma nova tentativa de golpe no Labour Party para derrubar o eurorelutante RH Jeremy Corbyn. Já os analistas exploram as clivagens de idade, região, literacia e até qual o dedo no gatilho. Na bissetriz, um denominador comum há a reter: a blue collar democratic election. O Labourism descobre agora que não representa o povo operário, com este a votar em sentido contrário às suas indicações, cansado de ouvir que a disputa pelos recursos nas comunidades locais is good for you, worker. A compaixão seletiva algures assombra as boas almas. Fora de London, após a razia escocesa, temo pelos Lab MPs com os empregos em risco…

 

 

Há cinco momentos do filme da eurocampanha que se colam ao olhar. Primeiro, os inenarráveis argumentos do PM em torno do EU deal e da derrota que blind self-serving 27 leaders lhe impõem, em Brussels, nas noites de February e as fear flags saídas dos Numbers 10 e 11 com orquestração global. Segundo, a chamada Battle of Thames, quando umas quantas pequenas traineiras com improvisados letreiros da Brexit são quase desbaratadas por um iate de luxo com potentíssimas colunas de som que estremecem até o Palace of Westminster e um milionário rockeiro a gritar impropérios ao líder do Ukip - se  dúvidas havia sobre o sentido do voto das gentes ligadas ao setor primário e de quantos aquilo vêem e escutam, ali logo se liquidificam, mesmo se contra um Mr Nigel Farage que moverá muitos Outers para a cruzinha no Bremain. Terceiro, o reluctant European Lab Leader - surdo, cego e mudo ao que o eleitorado working class lhe grita nos arredores de London, acerca dos efeitos demográficos da emigração massiva no esmagamento dos salários e no emprego, na habitação, hospitais, transportes ou escolas. Quarto, o assassinato de RH Jeremy Cox MP e a miscelânea de choque, horror e oportunismo assim tristemente gerada no Yorkshire. Quinto, a fechar o último dos veros debates televisivos, a incrível explosão de aplausos na Wembley Arena quando Bojo simplesmente diz “Stand Up. For Democracy in our Country and Liberty across Europe.” O mesmo RH Boris Johnson MP que hoje acalma as hostes nas páginas do Daily Telegraph, com a positividade bretã.

 

 

As conversas e a busca de sã reforma na Europe que sirva às partes começa. Não quando irados eurocratas dizem, mas quando o novo consenso dos main global political powers decida. Meanwhile the EU regrouping... Como o prometido é devido, consciente dos hardest works ahead, registo o meu voto de admiração a The Few and, The Brave. A história ensina sobre Athens, Rome e Jerusalem, tal qual a vida vem demonstrando que there will be always London. No bat-and-ball game há muitas triangulações a construir, mas a bola está já em hábeis mãos. — Well! By the voice of Hamlet writes Master Will on the fortune’s wheel: There's a Divinity that shapes our ends, / Rough-hew them how we will.

 

 

St James, 27th June
Very sincerely yours,

V.

 

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