MAIS TEATROS ROMANOS: O DE BRAGA
Na última crónica, fizemos referência ao Teatro Romano de Lisboa e aludimos a livros recentes ou mais antigos, que versam a perspetiva historial dos edifícios então construídos e explorados, ou o que deles resta... E nesse aspeto, importa então citar e evocar diversas áreas hoje museológicas mas que, na época, constituíram centros de atividade de espetáculo, tal como então eram concebidos.
Designadamente, refira-se o Teatro Romano de Braga, já oportunamente citado, mas que a cronologia recente justifica nova evocação: efetivamente, assinalam-se agora exatos 20 anos decorridos sobre a descoberta e início da recuperação museológica de ruinas da cidade atual que incluíram o que resta, e não é pouco, do Teatro e Anfiteatro da então denominada Bracara Augusta.
E tal como aí referimos, citando designadamente um estudo de Manuela Martins, Ricardo Mar, Jorge Ribeiro e Fernanda Magalhães, intitulado “A Construção do Teatro Romano de Bracara Augusta”, para o qual novamente se remete, e onde se refere que “a intenção política terá residido no estabelecimento de uma relação privilegiada do edifício com o fórum que se situava a nascente do teatro”.
E salienta-se ainda, na obra agora novamente citada, “a construção de termas públicas anexas que se dispõe a sul do teatro, sendo de sublinhar que existem numerosos exemplares de uma estreita relação entre os teatros, os equipamentos termais e os jardins”... (cfr.“A construção do Teatro Romano de Bracara Augusta” in “História da Construção - Arquitetura de Técnicas Construtivas” coordenação de Arnaldo Sousa e Melo e Maria do Carmo Ribeiro).
Assinale-se ainda que em 2014 aqui publicámos um artigo sobre a Lusitânia e o teatro romano de Mérida, o qual atualizaremos em próxima crónica, na sequência portanto do estudo sobre o Teatro Romano de Lisboa, esse divulgado no passado dia 10 de agosto, e a que se dá desta forma sequência.
Pois em Portugal havia teatro e Teatros muito antes de Gil Vicente!...
DUARTE IVO CRUZ