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Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

NÓS

 

Houve um momento a partir do qual

Falar da morte

Se tornou algo dirigido à dimensão do mundo

Que vivo

E não tranquei a porta para que não ficasse vedado

Esse mistério

Apago as luzes

Sim

E faço deslizar o meu pente de marfim

Pelos cabelos

Faúlhas destinadas

Ao esclarecimento

À chave que decifrará

O que selado está

De jeito sensual, solene e secreto

Na ambiguidade do porvir

No imenso amor

Que te tenho

Vida

Que os teus olhos permanecem

No meu percurso ideal

E nem a urgência do perecer

Quando ela é

Ultrapassa a necessidade dos teus braços

Onde me quero

Nós

Sussurrados um no outro

Frémito de um significado

Total 

 

Teresa Bracinha Vieira

Junho 2017