O nosso bêbado naufrágio
O menino que as ondas beijam
Expôs na praia
A inocente luz da sua morte
O menino fez frente ao mundo
E provou serem suspeitas todas as rosas
O seu corpo pequenino
O seu coração naquele sono
Afinal só queria amor
E as suas faces molhadas eram dor
Abandonadas ao negro corvo
Aquele que por nossas mãos
Apunhala o ar da vida
Carregando sem repulsa, medalhas,
Coroas, louvores.
Teresa Bracinha Vieira
Setembro 2015