PORVENTURA VERSOS
26.
Acendeste a fé no centro
Do teu próprio lar onde vivias
Tua pátria, tua arma singular de protecção
Deixando aberta a janela
Por onde só eu te via
E o beijo abraçado se estendia
Escada
Até aos teus braços
Nos meus
Quais prémios de iguais dons
Excelentes no esclarecer-se e no oferecer-se
E assim acesos
A escuridão calava algo sagrado
Pois que não fora culpa tua eu não ser princesa
Nem tu príncipe sem parte, par ou reino
Ainda que resolvido
No propósito e firme efeito
Que tão pouco
Era possível
Na base deste erro colossal
Na base do contra nós pelejarmos
Em fúria extrema e magoada
Jeito de cerco que não consente ser sujeito
Quando o prazo
O prazo
É só troco
De um olhar inacabado
Longo canto
M. Teresa Bracinha Vieira
2015