Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!
Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!
O mínimo que se pode dizer das suas palavras na DePauw University, nos United States, é revelarem misto de fortitude, reserva e juízo fino. A heróica atitude marca também. É o primeiro discurso público de Sir David Cameron após abandonar o 10 Downing Street, na sequência da derrota no euroreferendo.
A incrível polarização que o ato revela e o populismo reativo que lhe custa a cadeira do poder, levam agora o antigo PM a apelar aos líderes políticos que corrijam a rota do West. — Chérie! Une bonne action n'est jamais perdue. De reforma fala justamente o Engenheiro António Guterres na posse como Secretary-General das United Nations. Ao lado, na New York Public Library, pedem-se “gatekeepers of sense” e ecoa atónita interrogação do Nobel Professor Paul Krugman: “What’s going on?” Entre o 23rd June e a Time’s Person of the Year, aquém e além Atlantic Ocean, vários ensaiam explicar os extraordinários eventos políticos de 2016 e os desafios do próximo futuro. Fio comum nas prédicas sobre o volátil estado do mundo é a kind of high class group think no desfiladeiro aberto entre a elite global e os locais comuns. — Hmm! Is yet a word to the wise enough? O Supreme Court prepara o Brexit verdict para January e Mrs Theresa May ocupa Westminster. Os Conservatives vencem a eleição em Sleaford & North Hykeham, secundados pelos ukippers e remetendo o Labour Party para terceiro lugar. O US President-elected DJ Trump envolve-se em nova controvérsia, desta feita com a CIA, ao desmentir a agência sobre alegada perturbação informática russa nas eleições. O Isis volta a atacar Palmyra, sendo repelido por aviões de Moscow, enquanto o governo sírio ultima a vitória militar em Aleppo. Europe e Italy esperam o novo governo de Mr Matteo Paolo Gentiloni.
Gently low cloud rains but still a cold London. A tradição convida a voto de a Christmas Eve with balmy snow. Daí a surpresa do novo elo à Christ-Mas (ler Midnight Mass Communion Service). A frase em volta é agora: Please, please, do not go on strike. It is Christmas. Nem menos! Ambos por excêntricas questões, os sindicatos do Post Office e do Southern Rail enveredam pelo grevismo e espargem deslocado infortúnio na vida de milhões. Se os ferroviários usam servir descontentamento no travão à modernização e a engenhosa empresa strongly advise os passageiros a não viajar durante a paralisação, é a greve de cinco dias nos privatizados correios que cá empalidece com a ideia de atraso nas cartas familiares e cartões de amizade. O desapontamento aqui, colhe acolá. Nove em cada 10 conservadores creem que a radical estratégia unionista do Labour de RH Jez Corbyn lhes concederá a maioria nas próximas eleições gerais no reino. A Tory hopefulness é ainda a nota dominante nas perspetivas globais traçadas nos States por discreto RH David Cameron… após defender a sua própria decisão de convocar o referendo britânico que tudo começa a mudar.
A palestra aos estudantes da Depauw University atrai atenções e segue passadas ilustres. Em Neal Fieldhouse, a 40 milhas de Indiana, discursam ao longo dos anos os honoráveis exs Mr Tony Blair, Mr Bill Clinton e Mr Mikhail Gorbachev. Rever Sir Cameron em público, tão igual e tão diferente, obriga a pensar na vertigem que sempre é a ascensão e queda do poder. Há apenas seis meses atrás, estimava o autoritativo residente no Number 10 gerir cuidada saída do Westminster castle até 2020. Um só voto popular lança-o para o percurso dos has been. Ei-lo na DePauw's Timothy and Sharon Ubben Lecture Series ainda em ensaio explicativo dos acontecimentos. O título do seu discurso, "The Historic Events of 2016 and Where We Go From Here," abre significativamente: "Obviously the first question that you ask in response to that is how on earth did we get here?" Por instantes toca o ex PM no essencial que motiva as gentes a abraçar o desconhecido quando já se sentem estrangeiros na sua terra. Aponta o “Euro turmoil” e o “movement of unhappiness” para se deter no "cultural phenomenon" que levanta os “political headwinds that shifted this year” entre as forças do populismo e do extremismo. Nos termos cameronianos: "In some of our countries the pace of change has been too fast for people to keep up with. People are concerned that the country that they're living in is not the country that they were born into, and they see that change as happening too quickly.” Daí o oxoniano apelar a elementar regresso aos valores ocidentais das democracias liberais, "values of democracy, values of market economics, values that have undoubtedly improved the world and our countries' place within it." Neste back to basics enfatiza o Tory man que, "as someone who is pro-globalization, pro-immigration, pro-market economics, […] we have to understand these two phenomenon and make a major course correction if we're going to keep on the path to a successful globalization from which we can all benefit."
Pelas ilhas quase tudo decorre já nas vestes epocais. Charles of Wales e a Duchess of Cornwal madrugam no envio de um caloroso cartão de boas festas, mas o Prince Andrew of York antes se ocupa com “a number of stories” que andarão por alguns reportes menores acerca dos Royal titles. O executivo passa na House of Commons categórico voto sobre The Government’s Plan for Brexit, com 448 Ayes e 75 Noes. Em nome da Prime Minister, o Sec of State RH David Davis ganha o dia sem especial esforço. RH Boris Johnson regressa às manchetes por denunciar as “proxy wars” financiadas por sauditas e iranianos, momentos antes de rumar para o Arabian Golf em missão de alta diplomacia. Para a eternidade parte nestes dias um jornalista maior: AA Gill (1954-2016), cuja última crónica no The Sunday Times reafirma que redigir com estilo e eloquência é intrínseco a quantos respiram a palavra e inspiram no mundo das ideias. Um outro gigante que impulsiona para cima o acompanha na viagem galática. Aos 95 morre o astronauta John Glenn, aquele mesmo que, em 1962 February 20, durante cinco memoráveis horas, pela primeira vez orbita a azul esfera terrestre e comunica “the beautiful view.” — Well. Remember also that great admirer of the skies as is ours Master Will, born in the same year of Messer Galileo, on the real worth of planets vs meteors in his Sonnet 14: — Not from the stars do I my judgement pluck, / And yet methinks I have astronomy. | But not to tell of good or evil luck, / Of plagues, of dearths, or season’s quality; / Nor can I fortune to brief minutes tell, / Or say with princes if it shall go well.
Os desafios que as Nações Unidas põem a António Guterres novo Secretário-Geral das Nações Unidas são de uma complexidade que exigem ponderação, reflexão e trabalho.
UM PENSAMENTO PROFUNDO
Quando em julho de 1996 Michael Walzer, um dos mais importantes pensadores políticos contemporâneos, visitou Portugal para falar da cidadania numa sociedade em mudança, encontrou-se com António Guterres, então primeiro-ministro, e falaram longamente – sobre os efeitos do fim da guerra fria, sobre as oportunidades e as ameaças numa sociedade desigual e injusta, sobre a pobreza, sobre as economias de casino e sobre a necessidade de novas políticas sociais. No final da conversa, em S. Bento, o filósofo norte-americano de Princeton ficou deveras surpreendido. Não esperava ter com um governante, diretamente e sem intermediários, uma conversa tão aprofundada sobre os seus temas de eleição, a igualdade de oportunidades, a correção das desigualdades, a justiça complexa, a justiça como equidade de Rawls (com os desenvolvimentos mais recentes) ou o pensamento de Habermas… E, longe da teoria, Walzer quis saber o que era o rendimento mínimo, que dava os primeiros passos e com que ele concordava, ou como se concretizava a prioridade dada à educação – com ênfase no pré-escolar ou na escola a tempo completo… Nessa noite, a jantar no restaurante «Via Graça», tendo Lisboa a nossos pés, o filósofo voltou ao tema – tinha ficado impressionado e com uma grande admiração por Guterres, e considerava-o um dos políticos e governantes mais bem preparados de todos quantos conhecera, acrescentando que muito poucos se disporiam a ouvir e a ter uma conversa com um filósofo político, com recusa dos temas de circunstância. Lembrei-me deste episódio, quando, ao longo da candidatura a secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres demonstrou, de novo, uma capacidade extraordinária na defesa do seu pensamento na preparação e argumentação e na estratégia de não descurar nenhum dos atores relevantes para a decisão. À semelhança do que tinha acontecido com o pensador americano, também agora muitos dos que presenciaram as suas prestações ficaram certos das qualidades intelectuais, de experiência, de determinação e de entrega ao trabalho do antigo primeiro-ministro português. Se dúvidas houvesse, a estabilidade das votações e a clareza das mesmas atestam bem do reconhecimento das qualidades do candidato. Associaram-se, assim, as excecionais qualidades pessoais à ação de uma diplomacia, a portuguesa, de elevadíssima qualidade, que pôde ligar um programa eficaz a uma mobilização dos votos e dos equilíbrios necessários em todos os continentes e em todas as famílias de Estados.
A PENSAR EM PORTUGAL E NO MUNDO
Quem ler o livro de António Guterres «A Pensar em Portugal» (Presença, 1999) pode aperceber-se de como um homem essencialmente de ação, um político do terreno, um militante social pôde construir uma estratégia coerente, que contrasta com as cedências de curto prazo e de mera oportunidade, que têm posto em xeque a política do centro-esquerda e do socialismo democrático. No campo ideológico há uma grande clareza – que vai da recusa da idolatria do mercado à prioridade dada ao combate à pobreza e às desigualdades injustas. O fundo cristão associa-se à tradição socialista democrática. Registemos alguns pontos fortes desse pensamento. Antes do mais, a invocação da célebre afirmação de John F. Kennedy: «Se uma sociedade livre não pode ajudar os muitos que são pobres, não pode apoiar os poucos que são ricos». E ouvimos ainda a afirmação contra o populismo e a demagogia: «Mesmo aos mais egoístas eu lembro que (a pobreza) está em grande parte na origem do crime, do tráfico de droga, da intranquilidade nas ruas, de que todos nós e as nossas famílias podemos ser vítimas» (outubro de 1994). E sobre a economia e a riqueza ao serviço das pessoas disse: «não podemos permitir uma modernização conduzida sob o signo da tecnocracia. A modernização da nossa economia, o aumento da sua competitividade terão de ser compatíveis com o respeito da dignidade humana, em todas as circunstâncias, com a valorização e o reconhecimento dos direitos de quem trabalha e com um forte sentido de solidariedade para com aqueles que correm o risco de ir ficando para trás» (novembro de 1995). E quais as marcas que desejou evidenciar na política pública? Uma nova cultura democrática, assente na participação de todos e no diálogo; a Educação como a prioridade das prioridades, na ação do Estado e na vida em sociedade; a pobreza como uma preocupação central na sociedade portuguesa – não a escondendo, mas tornando-a uma causa de toda a sociedade. Na linha dos nossos melhores, como Garrett, Herculano ou Antero, tratar-se-ia de ultrapassar o atraso estrutural que nos separa do centro da Europa, através do desenvolvimento humano, da formação, da ciência, da cultura… «Tomando sempre como referência fundamental as pessoas e a sua realização», importa garantir que «os portugueses possam triunfar na vida e que Portugal possa triunfar no mundo» (novembro de 1995).
UMA MARCA DE LONGO PRAZO
Cada um destes pontos constitui uma marca de longo prazo, que mantém atualidade, sobretudo num momento em que há quem pense erroneamente que o pensamento político pode ser substituído por dizer o que as pessoas querem ouvir. Esse é o caminho do populismo que tem tido resultados desastrosos… Depois de dez anos como Alto-Comissário dos Refugiados, António Guterres reforçou a marca do militante social. E o seu programa agora põe a tónica no humanismo, no respeito e na salvaguarda dos direitos humanos e da dignidade. Daí a necessidade de potenciar o papel das NU na hora de prevenir as crises, o que obriga a uma profunda alteração cultural. «As causas das guerras estão cada vez mais ligadas à pobreza, à desigualdade, à violação dos direitos humanos e à degradação das condições ambientais». Daí que os governos devam coordenar estratégias e visões e mobilizar a diplomacia para afrontar os desafios coletivos – devendo o secretário-geral das Nações Unidas ser um facilitador e nunca alguém que quer dar lições… No livro, António Guterres fala ainda de três perfis de coragem – Salgado Zenha, Mário Soares e Olof Palme. Poderia também falar de João XXIII… São figuras que marcaram a sua vida política. De Salgado Zenha nota a referência moral do estoico, do iluminista e humanista cristão (mais na tradição luterana), que um dia lhe disse: «Muitos dos que estarão à tua volta não pretendem valorizar-te para serem melhores do que tu, mas querem apenas que tu nunca tenhas condições que te permitam parecer melhor do que eles». Quanto a Mário Soares, lembra que «levou por todo o mundo o nome de Portugal e os ideais dos portugueses, bateu-se pelos direitos humanos, agitou o universo da ciência, investiu razão e coração para trazer a cultura ao primeiro plano dos hábitos de todos os cidadãos». De Olof Palme recorda a afirmação significativa do governante sueco: «a minha adesão ao socialismo democrático não pode ser vista como a reação de um menino-bem contra o seu meio social. Cheguei ao socialismo através de um processo gradual com base em leituras e longas reflexões pessoais». Ao ler atentamente a invocação de Palme, sentimos um impulso pessoal e autobiográfico, de quem valoriza a dimensão internacional e as causas da paz e do desenvolvimento – e de quem, como agora fica demonstrado, de novo, assume com nitidez a «alegria da causa pública», ou seja, «the joy of politics». E essa paixão liga-se à emancipação das pessoas. Por isso, como nas antigas experiências do CASU, da Curraleira ou das inundações de 1967, foi ensinar Matemática na Quinta do Mocho quando deixou de ser primeiro-ministro, nunca esquecendo, afinal, o velho conselho de Tag Erlander: «num político o pensamento, a palavra e a ação devem sempre constituir um todo coerente».
Guilherme d’Oliveira Martins
Oiça aqui as minhas sugestões - Ensaio Geral, Rádio Renascença
Quite something. A senhora disserta sobre o novo centro ideológico e do good that government can do enquanto caracteriza a Britain’s quiet revolution para dar conta da visão e agenda políticas. É o discurso de encerramento da Conservative Party Conference por Mrs Theresa May e é um documento a merecer leitura atenta.
O mote é linear: “It’s about restoring fairness.” O reformismo conservador e o patriotismo estão de volta com a Global Britain. — Chérie! Les bons comptes font les bons amis. Regressa também a artilharia pesada dos Remainers com a calendarização da Brexit. Os setores exportadores adoram a queda da pound. RH Tony Blair admite o retorno à cena. — Ho-ho! Tell me with whom you go, and I'll tell what you do. O Engenheiro António Guterres é o novo Secretary-General da United Nations, eleição que faz vibrar o 10 e o Foreign Office. OS US assistem ao segundo debate presidencial, após as campanhas de Mrs Hillary Clinton e de Mr Donald Trump entrarem into the Low Road. Os trabalhadores dos dining halls da Harvard University (Cambridge, Massachusetts) fazem histórica greve, em escola estabelecida em 1636 na British North America. O furacão Matthew deixa rasto de morte e destruição nas Caraibas. O Brit Professor Oliver Hart e o Fin Prof Bengt Holmstrom conquistam o Nobel Prize in Economics, por contributos na teoria dos contratos. A Star Trek comemora 50 anos sobre o seu primeiro episódio televisivo. Victoria regressa em 2017.
Full Autumn and cloudy days at Central London. O quotidiano urbano está marcado por desafiante trânsito, com a Bridge Tower fechada para obras, restrições na circulação e mais greves no Southern Rail. As atenções estão ainda centradas na conferência dos Tories em Birmingham, pelo sismo eurófilo gerado com os discursos da Rt Honourable Theresa May, e na never-ending reshuffle no Shadow Cabinet do Labour Party, após a reeleição de RH Jez Corbyn como líder 2.0, a par da hardcore campaign para a White House. Deixando as glass houses d’além Atlantic entregues ao seu eleitorado, saudemos a eleição de um português para Chaiman da United Nations. A Prime Minister fala este Saturday ao telefone com o Engenheiro António Guterres. Um porta-voz de Downing Street revela que a senhora está “delighted by his election,” tendo disponibilizado vontade adicional de o UK “to provide any support required as he prepared to assume the role.” Sinal de grandes expetativas em momento exigente nas relações internacionais é ainda o teor do comunicado emitido pelo Foreign Office. Os termos dizem do quanto London vê com muito bons olhos a presença de um construtor de pontes em vital position. Nas palavras de RH Boris Johnson, “he is an outstanding candidate with all the qualities and experience to do the job.” Melhor: “I am confident that António Guterres will continue to build..., providing the leadership required to steer the UN through the many challenges facing our world, not least the crisis in Syria.”
Altas esperanças se geram igualmente com os trabalhos anunciados na Conservative Conference. O encontro de fiéis é marcado pelas ambições do Mayism. O discurso, no caso: duas intervenções, de um novo líder partidário é sempre a big occasion. Mrs Theresa May satisfaz. A abrir, a todos responde com graça e gravidade. “When we came to Birmingham this week, some big questions were hanging in the air. Do we have a plan for Brexit? We do. Are we ready for the effort it will take to see it through? We are. Can Boris Johnson stay on message for a full four days? Just about. But I know there’s another big question people want me to answer. What’s my vision for Britain? My philosophy? My approach?” O que vem a seguir é uma espiral de admirações, tanto maiores quanto os adversários esperam que a Brexit lhe queime a mão e ela saúda ido RH David Cameron. É o novo conservadorismo britânico, entre a evocação de santos que dizem da traça paisagística. Mrs T aspira a uma democracy that works for everyone. Refere Benjamin Disraeli (1804–81), “who saw division and worked to heal it,” Winston Churchill (1874-965), “who confronted evil and had the strength to overcome,” Clement Attlee (1883-967), “with the vision to build a great national institution,” e Lady Margaret Thatcher (1925-2013), “who taught us we could dream great dreams again.” Elenca agenda reformista, pois, “from Edmund Burke [1729-97] onwards, Conservatives have always understood that if you want to preserve something important, you need to be prepared to reform it. We must apply that same approach today.” Enquanto, ao detalhe, com “a fairer economy,” traça a visão de uma Global Britain, a Great Meritocracy, afirma preto no branco que é tempo de rejeitar “the ideological templates provided by the socialist left and the libertarian right and to embrace a new centre ground in which government steps up – and not back – to act on behalf of us all.”
A isto, como respondem as oposições? Os Liberal Democrats censuram o Brexiting mas o Labour antes opta pelo out of the game, com as franjas a visarem medidas como a seleção académica, as estatísticas da emigração ou o regresso do… patriotism. Mas o discurso vale pelos efeitos que gera nos mercados, somado que é à tese ideológica de Mrs T May o anúncio da “Great Repeal Bill” para March 2017. A eventualidade de o UK sair do mercado único europeu lança chamas entre os Remainers. A agitação é forte após flash crash da libra. A par da reciclagem das cifras negras nas manchetes de jornais sobre o custo da Brexit e da intriga infundada sobre dissenções dos Brexiters sentados no Cabinet Office, ex ministros do Cam Govt e da campanha do Stronger In (in the EU) unem esforços com MPs all-parties na barragem aos planos de Downing Street. Em manobras andam RHs Anna Soubry e Nicky Morgan, o Lib Dem Brexit spokesman RH Nick Clegg e ainda o anterior Lab leader RH Ed Miliband, clamando por voto em Westminster em torno do Article 50 que abre aos tratos com Brussels. Mrs Morgan unifica posições nas Sunday Politics: "There are a lot of us that feel it would be extraordinary - given that the Brexit vote was about the sovereignty of Parliament, about making our own laws, taking back control - for Parliament not to have a big say in the Brexit negotiations." Mr Miliband mais resume: “MPs must get a vote on hard Brexit." Na House of Commons esclarece hoje o Brexit Secretary RH David Davis que o HM Government “will reject any attempts to undo the result of the EU referendum.”
Para variar, observemos a jornada para o 1300 Penn Avenue. I have no dog in that race, until now! A campanha presidencial norteamericana desde o início que prefigura o insólito, com um candidato republicano vindo dos domínios do star tv trash, tipo obnoxious plus, com milhões investidos no turismo, casinos e campos de golfe. A partitura eleitoral do “none of the above” garante-lhe o passaporte no Old GOP dos US Presidents Abraham Lincoln ou Ronald Reagan. Ora, o fulano é simplesmente mais um misógino.
O paradoxo de Abilene é que, por isso mesmo, segue em frente. Mas visualizar um tal indivíduo como próximo líder do Free World é… algo surreal! Assim: Forsomething rather similar, antes uma excelente notícia para as últimas linhas tomada do serão na ITV. A série “Victoria" encerra o oitavo episódio com o love & affection do Prince Albert, a tentativa de assassinato em Constitution Hill e o nascimento de Victoria em 1840. A fechar vem a revelação: “Victoria will return in 2017.” O meu aplauso. — Well! As young Master Will notices in the poem Venus and Adonis: — Love comforteth like sunshine after rain.