Cohen: Dance Me to the End of Love
Incontornável cantor e poeta judaico-canadiano Leonard Cohen, a felicidade, o objectivo de vida, o amor, a velhice e a morte.
Um perpétuo regresso ao reunir ambas as partes da alma, digo.
Sempre que pude estive nos seus concertos por uma e outra razão também ligadas à beleza e ao consolo, termos que quase nunca utiliza e deles fala continuamente.
Troca-se o desejo pela paz sabendo que Ain’t No Cure for Love, e se saiba só pelo olhar que I’m Your Man seja so close to everything we’ve lost que ninguém pode sair ileso afinal depois de aceitar a proposta: Take This Waltz.
Aceitei-a sim, para a dançar na orla da floresta onde, só a minha ave me aguardava.
E diz Leonard Cohen: « Embora as pessoas mudem, o cabelo fica grisalho e caia, o seu corpo se degrade e morra, acho, ainda assim, que há algo que permanece imutável:o amor intacto, esse é o incurável.»
A unidade total é impossível se ambos os parceiros não partilharem a mesma atitude espiritual, afirma também Cohen com tranquilidade e melancolia.
Em 2011 é-lhe atribuído o prémio Principe das Astúrias das Letras. Um príncipe que à sua princesa disse:
sei que estás cansada da tua beleza e esta noite não quero que carregues esse injusto peso. Como podes carregar tanto, até mesmo o que os nossos olhos não merecem?, e do que tu sabes eu não sei. E o carrego é teu?, minha paixão, meu vocabulário religioso. Por favor pousa a tua mão no meu papel. Descansa.
Leonard, um segredo exposto de Agosto, uma base de trabalho ideal. Um homem de evoluções inquietas a uma poderosa força interior pois sempre soube que
First we take Manhattan
e o desmaio em 2009 de Leonard Cohen durante um show na Hungria, foi orlado por uma estrela a anos-luz de distância, também conhecida por visita-retribuição.
TERESA VIEIRA
Agosto 2013