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Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

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Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

CRÓNICA DA CULTURA

OS DETERMINADORES

 

A realidade tem mostrado que em momentos de poucos anúncios publicitários, os comerciantes queixam-se de fortíssimas quedas nas vendas, o que significa que os indivíduos que fizeram menos compras, fizeram menos compras apenas por uma razão: as mesmas lhe não eram necessárias.


Na verdade, o incitamento à compra do que não faz falta é um gasto incluído como custo de produção, o que pode significar também que este crescimento económico pode ser uma forma de aumento do desperdício.


Não se entende que aumente a produção de um produto que custa vender porque as pessoas se não convencem do interesse do mesmo, e este facto, não coloca em causa que “talvez” existam mercadorias sem interesse.


Ao invés, se se produzissem com critério bens de utilidade, a fome e outras carências da humanidade tenderiam a eliminar-se.


Os economistas afirmam sempre que quanto mais se produz um bem mais barato ele se torna, o que do ponto de vista do consumo não será absolutamente substantivo se a redução dos custos for apenas para o lado da produção, e o aumento da procura não determinar a baixa do preço do bem.


Enfim, meia dúzia de reflexões leva-nos também a questionar a razão da exploração intensiva da mulher tender a não se alterar com o crescimento económico.


Todos sabemos que todos os interesses se encontram ligados por processos económicos. Todos sabemos que muitas das falsas premissas não são discerníveis com facilidade. Todos sabemos que a vida quotidiana de um povo tem a marca da economia.


Contudo, acima de tudo, ter consciência da importância da autodeterminação é ter consciência do que terceiros nos impõem, e nós a conseguirmos resistir-lhes como quem compreende que entregar as rédeas não será nunca conhecer caminho próprio.


A realidade
 mostra-nos que ao serem outros que decidem o que vamos comprar, em tudo nos identificamos com quem entra num comboio cujo destino ignora.


Mas,
 como li algures, um fabricante de armas não estará interessado em que as mesmas sejam denegridas por uma escola.


como fazer-lhe frente, como se atrever?

                                     

Teresa Bracinha Vieira