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Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

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Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

CRÓNICA DA CULTURA

  


O sentido primordial do amor significa oferecer a essência.

Numa época como a atual, em que a realidade está sob ataque em todo o lado, em que os factos mais fiáveis são tidos como falsas notícias, em que a torrente da desinformação visa que a vontade de todos seja a de um marasmo patético num consenso feliz de verdades incontestadas, eis que o sentido primordial do amor continua a significar oferecer a essência. Mais: a passagem do tempo não alterou esta verdade.

O passado, que é muitas vezes revisto de acordo com as ações do presente, ergue-se sobre múltiplas exclusões, e por entre todas não consta que oferecer a essência não seja o sentido primordial do amor.

A realidade moderna tornou-se multidimensional e fragmentada. O lixo tem valor de autoridade e o conhecimento inútil é aceite como crença, e do que fazemos uns aos outros nessa grande constante que é a natureza humana, renasce sempre que o sentido primordial do amor significa oferecer a essência.

A coragem do amor - nestes tempos em que só a bravura física, os cinismos de quem deseja comprometimentos com qualquer tipo de poder, nestes tempos em que se desconfia de quem toma posições contra dogmas ou arbitrariedades que agridem os direitos humanos - o sentido primordial do amor, significa oferecer a essência e por isso, depois de muitas eras os roseirais…a sintonia.


Teresa Bracinha Vieira