Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

ILHA DOS AMORES


Não me ouves chamar ó ilha dos amores

Para que hoje te cante e seja esta noite

De novo a tua/ nossa magia

A vara do nosso barco

Teu coração pousado

Doado num abandono

Entregue ao tempo do nascimento de uma mudança

Tão veloz

Que o céu se desenraizou e veio a nós

Suspirar entre beijos

Uma felicidade

Solitária

Nas horas em que tudo se deve consumir como o orvalho

Apertado nos seios das mãos

E o trono

O trono, a espada, a coroa

Altos mistérios

Tudo preso nesta trança vagabunda

Que te ofereço e ofereci

E em ti chamo

Entre nós

E peço, só peço

A formusura das estrelas

De novo

A iluminarem

O caminho dos nossos pés.

 

Não me ouves chamar ó ilha dos amores?

Eu que pedi ao coração para escrever este pobre verso

Ante ti

Porta de mar flamejante

Mâscara de mulher que se expõe e se expôs

 

À tua experiência 

 

Teresa Bracinha Vieira

Abril 2017