ILHA DOS AMORES
Não me ouves chamar ó ilha dos amores
Para que hoje te cante e seja esta noite
De novo a tua/ nossa magia
A vara do nosso barco
Teu coração pousado
Doado num abandono
Entregue ao tempo do nascimento de uma mudança
Tão veloz
Que o céu se desenraizou e veio a nós
Suspirar entre beijos
Uma felicidade
Solitária
Nas horas em que tudo se deve consumir como o orvalho
Apertado nos seios das mãos
E o trono
O trono, a espada, a coroa
Altos mistérios
Tudo preso nesta trança vagabunda
Que te ofereço e ofereci
E em ti chamo
Entre nós
E peço, só peço
A formusura das estrelas
De novo
A iluminarem
O caminho dos nossos pés.
Não me ouves chamar ó ilha dos amores?
Eu que pedi ao coração para escrever este pobre verso
Ante ti
Porta de mar flamejante
Mâscara de mulher que se expõe e se expôs
À tua experiência
Teresa Bracinha Vieira
Abril 2017