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Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

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D. MANUEL VIEIRA PINTO. ÉTICA E MÍSTICA

 

“Porque é que tu, que és Bispo, quando vens falar comigo, nunca me falas de Deus e da religião, mas do povo, da defesa dos seus direitos e da sua dignidade?”, perguntou o Presidente Samora Machel a D. Manuel Vieira Pinto, arcebispo de Nampula. “Porque um deus que precisasse da minha defesa seria um deus que não é Deus. Deus não precisa que O defendam. O Homem sim”, respondeu D. Manuel.

 

Esta história foi-me contada por D. Manuel Vieira Pinto, à mesa, quando estive lá, no Paço episcopal, em Nampula, durante um mês, em 1992, a preparar uma antologia de textos seus, com o essencial do seu pensamento e que publiquei em 1992: D. Manuel Vieira Pinto. Cristianismo: Política e Mística (Antologia, Introdução e Notas de Anselmo Borges), Edições ASA. Nesse livro, publiquei também textos de homenagem, entre os quais um, excelente, de Mário Soares, então Presidente da República, que o condecorou com a Ordem da Liberdade.

 

Aquela resposta do Padre Manuel, como o arcebispo de Nampula, Manuel Vieira Pinto, gostava de ser tratado, diz bem o que é decisivo nele, para compreender o que significou a sua vida para a Igreja e para o mundo.

 

Já ia do Continente, como então se dizia, com boa e má fama, como acontece com todas as figuras que marcam a História. Com as suas conferências, a partir do movimento “Por um mundo melhor”, no contexto da assunção plena do Concílio Vaticano II, arrastava multidões.

 

Ao aterrar, em 1967, no aeroporto de Nampula, como Bispo da Diocese, Manuel Vieira Pinto, beijando um bebé africano, causou o primeiro escândalo entre a população branca. Ele rapidamente se apercebeu do intolerável da situação, das humilhações dos africanos, da iniquidade da guerra colonial. Por isso, ergueu a sua voz de Pastor e de profeta contra a injustiça do sistema colonial, e a favor da liberdade e da dignidade. Ao mesmo tempo, urgia pôr termo a uma série de ambiguidades nas relações entre a Igreja e o Estado e nas próprias estruturas eclesiais, apoiadas nos binómios: professor-catequista, escola-capela, Administração-missão, Governo-Igreja. A evangelização não poderia confundir-se com “portugalização”, mas tinha de ser anúncio da novidade libertadora e salvadora do Evangelho e formação de comunidades adultas na fé, responsáveis e responsabilizadas nos vários domínios da pastoral e da presença transformadora da sociedade.

 

Ao regime colonial não interessava uma Igreja segundo o espírito do Concílio e que hostilizasse a aliança secular da Fé e do império. A defesa da dignidade inviolável da pessoa humana, a contestação do poder colonial e da classe dominante, a denúncia da guerra de agressão e repressão, a declaração do direito à independência do Povo moçambicano mereceram-lhe a perseguição e a expulsão por ordem do Governo, primeiro, da cidade de Nampula (10 de Abril de 1974), e, depois (14 de Abril de 1974), de Moçambique. Foi enforcado em efígie, acusado de “famigerado traidor à Pátria” e declarado “indesejável em todo o território nacional”.

 

Exilado no seu próprio país, assistiu ao 25 de Abril, que vinha dar-lhe razão. Convidado pelo General Spínola para fazer parte do Conselho de Estado, comunicou-lhe que agradecia, mas que não podia aceitar.

 

Depois, em 25 de Junho de 1975, foi a proclamação da independência de Moçambique. Era o júbilo de um Povo, que detinha agora nas próprias mãos o seu futuro e podia readquirir a identidade própria.

 

Os combates, porém, não tinham terminado, pois, mais uma vez, era necessário defender o ser humano, o ser humano concreto, que era desprezado e morto. No quadro de uma situação extremamente complexa e dolorosa, que incluía a humilhação e o ataque sistemático à Igreja, o bispo Manuel Vieira Pinto, regressado a Moçambique, pela atenção que lhe concediam, dado o sofrimento que ele — era uma pessoa muito sensível — e os seus missionários decidiram, no tempo colonial, suportar por causa da dignidade e direitos do Homem e do Povo moçambicano, teve várias entrevistas com dirigentes do país, concretamente com o Presidente Samora Machel. Em todas, o centro foi sempre a dignidade, a liberdade e os direitos do Homem, fosse quem fosse, e do Povo moçambicano.

 

O entusiasmo da liberdade reencontrada também correu o terrível risco de projectar miragens, no contexto da implantação do ideal do “Homem Novo”. Permita-se-me uma nota pessoal: fiquei arrepiado, quando, em 1983, ao desembarcar no aeroporto de Maputo, vi à minha frente, em letras garrafais, o letreiro: “Zona Libertada da Humanidade”. Mas, logo em Janeiro de 1976, o Bispo Vieira Pinto falou com o Presidente, denunciando a violência contra o moçambicano, a propósito dos ataques que se faziam contra a chamada “alienação religiosa” e contra “outras alienações” de que acusavam o Povo moçambicano: “alienação” política, “alienação” cultural... Mais tarde, pouco depois de a Frelimo se ter declarado oficialmente marxista-leninista, encontrou-se de novo com o Presidente, para lhe dizer claramente que o Partido, dada a sua natureza marxista-leninista, já não era um instrumento de libertação, como tinha sido a Frente de Libertação de Moçambique, mas um instrumento que naturalmente iria causar violência, terror e excesso de sofrimento, como tinha acontecido noutros países e noutras culturas, onde a mesma ideologia e o mesmo sistema se haviam instalado. Falou-lhe também das “ofensivas” em curso e da humilhação e desumanidade dos “campos de reeducação”, que tinha visitado pessoalmente, e das próprias “aldeias comunais”.

 

Em 1979, houve novo encontro, para, mais uma vez, denunciar a malícia intrínseca do sistema, a sua desumanidade, o seu antiteísmo, a sua violência e terror. O sistema era errado e fonte de humilhações sem conta. A partir de 1980, as entrevistas foram mais na linha da guerra civil e dos crimes que uns e outros cometiam, e também na linha da necessidade do diálogo político entre a Frelimo e a Renamo, sem deixar ao mesmo tempo de chamar a atenção para a perversidade da ideologia, inclusive como causa da guerra em curso no país. Já no final da sua vida, era o próprio Presidente Machel que lhe falava da violência e da desumanidade do sistema, recordando-lhe o que lhe dissera na primeira entrevista, em 1976, queixando-se. Perguntou: “A nossa luta era justa ou não era justa? Se era justa, porque é que os países cristãos não nos ajudaram, permitindo que outros países ateus e materialistas nos ajudassem? Como sair agora de debaixo deste peso insuportável?”.

 

Com o Presidente Joaquim Chissano, os encontros foram mais numa linha de trabalho e com a presença de outros Bispos, visando sobretudo a urgência do diálogo político e a criação de condições para a instauração da paz, a que o Povo tem direito, e da legitimidade democrática, e, porque a laicidade do Estado é uma conquista que não pode ser abandonada, não deixando também de prevenir contra o perigo de um Estado fundamentalista islâmico em Moçambique.

 

A documentação disponível não permite de modo nenhum sustentar a acusação de que “o Arcebispo de Nampula, tão militante em tempos, no regime colonial, em prol dos Direitos Humanos..., nada tem podido ou querido fazer contra os fuzilamentos, julgamentos e tratos não convencionais produzidos pelo regime do Presidente Samora Machel” (O Século, 19 de Junho de 1986). A D. Manuel Vieira Pinto também não pode ser lançada a acusação de mera “denúncia de gabinete”, pois, às entrevistas e cartas a presidentes, ministros e governadores, juntou sempre a denúncia pública, em homilias, cartas pastorais, conferências, entrevistas, etc. A coragem com que enfrentou o regime colonial foi a mesma com que denunciou os crimes da ditadura marxista-leninista e da Renamo. Aliás, a mesma coragem que o levou, apesar da guerra e dos seus perigos omnipresentes, a visitar periodicamente as comunidades cristãs espalhadas pela Diocese, para levar-lhes a Palavra da esperança e partilhar festivamente com elas, como eu próprio fui testemunha, o Pão da Eucaristia, do Amor e da Paz. Entre os limites, fraquezas e defeitos que terá tido, certamente não se encontrarão o medo ou a cobardia.

 

A D. Manuel Vieira Pinto poderá aplicar-se o que ele mesmo disse de D. António Ferreira Gomes, Bispo do Porto, igualmente exilado: “Não foi um político à frente de uma Igreja, mas um Pastor evangelizando e santificando o Povo de Deus que lhe estava confiado, assumindo como dever irrecusável a defesa e o crescimento deste Povo de Deus — um Povo de homens concretos, reais, históricos, homens e mulheres chamados a viver”, combatendo “pelo nome de Deus e pelo nome do Homem, pela glória de Deus e pela glória do Homem”. Bispo de Deus e da Igreja, quis ser Bispo do Homem, fosse ele quem fosse, independentemente da raça, cor ou religião. O seu combate não foi contra as pessoas, mas contra a injustiça e a humilhação. Na guerra colonial, não foi contra os portugueses (que, já no Governo da Frelimo, defendeu, utilizando até meios diplomáticos), mas contra um sistema estruturalmente injusto. A sua opção não foi por um regime, por uma ideologia ou sistema, mas pelo Povo e pelo Homem, tendo preferência o humilhado e esquecido, para que nunca seja objecto, mas pessoa e sujeito.

 

Por isso, acusado de novo, apelidado até de reaccionário, ameaçado em pleno regime comunista, declarou numa homilia, na Catedral de Nampula: “Meus filhos, tanto me bati pela vossa liberdade, e não sois livres! Eu fui avisado de que há quem não goste das minhas homilias. Mas eu expus a minha vida por vós. A minha vida não é minha, mas vossa. Entreguei completamente a minha vida pelo Homem em Moçambique. Se disparardes contra mim, hei-de gritar ainda mais alto, depois de morto”.

 

Para a preparação da Antologia, por ocasião do 25.ºaniversário da ordenação episcopal de D. Manuel Vieira Pinto, de que falei, fui confrontado com milhares de páginas da sua autoria. Na selecção, procurei seguir, na medida do possível, uma sequência histórica. Se dividi os textos seleccionados em duas partes (Da ética, Da graça), isso não significa que ética e mística sejam separáveis. Quis apenas sublinhar que são as duas faces do mesmo Evangelho. De facto, sem liberdade, sem autonomia, sem direitos humanos, a mística é vazia. Por outro lado, como dizia o meu amigo e mestre, Miguel Baptista Pereira, “perdido o sentido do Mistério, que une na diferença e estabelece entre os homens a communio (a comunhão), instala-se a ‘indoutrinação’ e a administração definitiva do Absoluto e consagra-se a intangibilidade dos seus burocratas, não fosse dilema humano o serviço do Mistério ou a vontade ilimitada do Poder.”

 

D. Manuel Vieira Pinto faleceu na passada Quinta-Feira, dia 30 de Abril. No Porto. A melhor homenagem é confessar que foi um Bispo cristão.

 

Anselmo Borges
Padre e professor de Filosofia

Escreve de acordo com a antiga ortografia
Artigo publicado no DN  | 1 MAI 2020

A MÍSTICA DO QUOTIDIANO 

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Há uma história que Aristóteles narra sobre uma palavra do filósofo Heráclito a uns forasteiros que queriam chegar até ele. Aproximando-se, viram como se aquecia junto a um fogão. Detiveram-se surpreendidos, enquanto ele lhes dava ânimo: "Também aqui estão presentes os deuses."

 

Os visitantes ficaram frustrados e desconcertados na curiosidade que os levou a irem ao encontro do pensador. Julgavam ter de encontrá-lo em circunstâncias que, ao contrário do viver dos homens comuns, deveriam mostrar em tudo os traços do excepcional e do raro e, por isso, excitante.

 

Em vez disso - e estou a transcrever o comentário do filósofo Martin Heidegger à história relatada por Aristóteles -, os curiosos encontraram Heráclito junto ao fogão. É um lugar banal e bastante comum. Ver um pensador com frio que se aquece tem muito pouco de interessante. A situação é mesmo frustrante para os curiosos. Que farão ali? Heráclito lê essa curiosidade frustrada nos seus rostos. Ele sabe que a falta de algo de sensacional e inesperado é suficiente para fazer com que os recém-chegados se vão embora. Por isso, infunde-lhes ânimo. Pede-lhes que entrem: "Também aqui estão presentes os deuses." Também ali, naquele lugar corriqueiro, é o espaço para a presentificação de Deus.

 

A mística Santa Teresa de Ávila também dizia que Deus anda na cozinha no meio das panelas. Para sublinhar que quem julga encontrar Deus fora do mundo lida apenas com as suas ilusões.

 

E há muitas formas de ilusão e pseudomística. Escreveu, com razão, o então cardeal Joseph Ratzinger: "A curiosa magia dos estupefacientes apresenta-se como atalho para o Paraíso, aquele atalho que nos pouparia todo o "penoso" caminho da ascética e da moral. A droga é a pseudomística de um mundo que não tem fé, mas que de modo algum pode prescindir da ânsia da alma pelo Paraíso. A droga é, por conseguinte, um sinal indicador de algo mais profundo: não só descobre na nossa sociedade um vazio, que esta não é capaz de preencher com os seus próprios meios, como chama a atenção para uma exigência íntima do ser humano, que, se não encontrar a resposta acertada, se manifesta de forma pervertida."

 

Santo Agostinho viu bem, quando rezou: "Senhor fizeste-nos para ti e o nosso coração está inquieto enquanto não repousar em ti." Jesus, que é quem terá feito a máxima experiência mística, já tinha prevenido: quem quiser salvar a sua vida perde-a; quem a perder por amor de Deus e dos outros ganha-a. É preciso ir até ao mais fundo e mais íntimo, porque é lá que se encontra Deus. Mas é sempre a dialéctica do perder e ganhar. Onde está o nosso eu verdadeiro? Dou um exemplo: onde está o nosso eu, quando escutamos uma daquelas sinfonias que nos exaltam e extasiam? Aparentemente, perdemo-lo, pois, na exaltação da sinfonia, não pensamos em nós, até nos esquecemos de nós, mas, precisamente aí, suspende-se o tempo e a morte e somos verdadeiramente nós.

 

Então? Qual é a mística verdadeira? É aquela que, em Deus, o Bem e a Beleza, leva a tratar dos irmãos e a transformar o mundo. Há, de facto, muita religião falsa, que os filósofos da suspeita justamente apelidaram de ópio. Mas também os estupefacientes são pseudomística. Por um lado, repito, eles exprimem, numa sociedade em que se experimenta o vazio, a necessidade de salvação e de sentido. Mas, por outro, na droga, o que acontece é a alienação. Pretende-se superar os problemas, mas os problemas continuam lá, e mais graves. A droga leva a "viagens" aparentemente felicitantes, mas, como aquilo é produto da química, quando se regressa da viagem, reencontra-se os problemas e está-se com menos força e energia para enfrentá-los. O critério da mística autêntica tem, portanto, que ver com a força e energia para enfrentar a existência e transformá-la e contribuir para uma sociedade mais justa, fraterna e livre.

 

Na união com Deus, Mistério último da realidade, o crente continua no mundo, embora o veja, precisamente por causa dessa união, a uma luz nova. Por isso, mística, sem o compromisso com os outros, concretizado também no amor político, que inclui o amor cósmico-ecológico, é auto-engano. Como escreveu o filósofo Henri Bergson, "a mística completa é acção"; o místico autêntico, "através de Deus, por Deus, ama a humanidade inteira com um amor divino". Aliás, para Bergson, a prova da existência de Deus são os místicos.

 

Por isso, todas as religiões acentuam o vínculo indissolúvel entre mística e ética. São João escreveu de modo forte e pregnante: "Se alguém possuir bens deste mundo e, vendo o seu irmão com necessidade, lhe fechar o seu coração, como é que o amor de Deus pode permanecer nele?" São Tiago não é menos explícito: "De que aproveitará a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso essa fé poderá salvá-lo? Se um irmão ou irmã estiverem nus e precisarem de alimento quotidiano e um de vós lhe disser: "Ide em paz, aquecei-vos e saciai-vos", sem lhes dar o que é necessário ao corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se a fé não tiver obras, está completamente morta.

 

O Evangelho deixa qualquer leitor perplexo. De facto, referindo-se ao Juízo Final, não à maneira de Miguel Ângelo, na Capela Sistina, mas no sentido mais profundo da revelação definitiva do que é a realidade verdadeira na sua ultimidade, de quem é Deus para o ser humano e o ser humano para Deus, não pergunta aos homens e às mulheres, em ordem à salvação, se praticaram actos religiosos de culto, mas se deram de comer ao famintos e de beber aos que têm sede, se vestiram os nus, se trataram os doentes e os abandonados, se foram à cadeia visitar os presos (e supõe-se que estavam lá justamente condenados)... E os salvos, que não sabiam, ficam a saber que foi ao próprio Cristo que deram de comer, de beber, que vestiram, que acolheram, que visitaram no hospital ou na cadeia, que trataram em todas as dificuldades, que promoveram, que foi a ele que deram a mão. Apresenta-se, pois, como critério de juízo sobre a história a humanitariedade, isto é, o interesse real, prático, eficaz, pelo ser humano necessitado, na unidade do amor de Deus e do próximo.

 

O místico Ruysbroek disse: "Se estiveres em êxtase e o teu irmão precisar de um remédio, deixa o êxtase e vai levar o remédio ao teu irmão; o Deus que deixas é menos seguro do que o Deus que encontras." Também Buda, depois de ter lavado e tratado de um monge doente e abandonado, disse aos seus monges: "Quem quiser cuidar de mim cuide dos enfermos." São João da Cruz tem aquela expressão famosa: "Ao entardecer desta vida examinar-te-ão no amor."

 

Aí está, em síntese, a missão da Igreja: ser a multinacional do sentido, sentido último, que se encontra no Mistério, em Deus, e o espaço do combate, lúcido e eficaz, pela humanitariedade, num mundo justo e livre. A vida na sua dupla vertente: vida contemplativa e vida activa.


Anselmo Borges

Padre e professor de Filosofia
Escreve de acordo com a antiga ortografia
Artigo publicado no DN | 01 SET 2018