ROMEU E JULIETA
Que pedaços se escolhem para interpretar?
Assim também se anda sobre a terra depois de desdobrada? Ou já antes?
Este o caudal com que afinal se pode dizer do amor e do que o fustiga.
Perturbador. Perturbação.
E é sabido que o vento não tem consistência, e no entanto,
amola a agitação das folhas.
Esta uma paisagem humana que comove
porque o que é zero
não está ali.
Prisioneiros, Romeu e Julieta são extremos: raízes
que atravessam a pedra.
Agora só bebem quando a terra os humedece.
E os musgos, crivo verde,
desabrocham para o lado do leite.
Teresa Bracinha Vieira