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Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

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Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

ROMEU E JULIETA

 

Que pedaços se escolhem para interpretar?


Assim também se anda sobre a terra depois de desdobrada? Ou já antes?


Este o caudal com que afinal se pode dizer do amor e do que o fustiga.


Perturbador. Perturbação.


E é sabido que o vento não tem consistência, e no entanto,
amola a agitação das folhas.


Esta uma paisagem humana que comove
porque o que é zero
não está ali.


Prisioneiros, Romeu e Julieta são extremos: raízes
que atravessam a pedra.


Agora só bebem quando a terra os humedece.


E os musgos, crivo verde,
desabrocham para o lado do leite.

 

Teresa Bracinha Vieira