Simone Veil
Numa entrevista à France Culture em 2010 garantia: «Não tenho vontade de chorar com os livros, já chorei demasiado na minha vida».
Simone Veil
Julgo existir uma equação secreta do saber melhor entendida nas fotografias que remetem para a vida e para a morte.
Vi sempre Simone Veil como a mulher que conheceu a essência dos vivos e dos mortos ou do que ambos persiste.
Atravessou uma barreira em sentido oposto quando na luta bem sabia que só deste modo algo perduraria. Vejo-a como exceção numa memória indelével e nunca selada. Sinto-a como uma exigência repetida no transpor das fraturas face a novos destinos. Do seu pensar e do seu agir surgiram dificílimas decifrações que até nos pareciam transparentes, familiares. Quantas vezes as suas palavras transportavam o fulgor do inexprimível convocando a claridade e que o demais mundo intentasse.
Estarei atenta. Sempre.
Saudade
Teresa Bracinha Vieira
Julho 2017