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Blogue do Centro Nacional de Cultura

Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

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Um espaço de encontro e de diálogo, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Estamos certos de que o Centro Nacional de Cultura continuará, como há sete décadas, a dizer que a cultura em Portugal vale a pena!

LONDON LETTERS

 

Sailing ships, 2017

 

Very big political days and, another big win for The Brexiters. As duas Houses of Parliament aprovam a European Union (Notification of Withdrawal) Bill, após breve ping-pong legislativo entre os Lords e os Commons. Her Majesty sela o Royal Assent nos próximos dias. Os Remainers regressam aos tribunais. —  Chérie.

Goutte à goutte l'eau creuse la pierre. Que se vivem dias históricos não há dúvidas. The Honourable Company of Edinburgh Golfers vota favoravelmente a admissão no Muirfield Club de “women members,” quebrando misógnica regra datada de 1744. Na Bute House também a First Minister RH Nicola Sturgeon anuncia um segundo referendo à emancipação de Scotland, depois do “one-generation vote” pelo United Kingdom de 2014. O Sinn Féin segue-lhe os passos na Northern Ireland. — Hmm. Catch your bear before you sell its skin. Elizabeth II descerra o Iraq & Afghanistan War Memorial em London. O centrista 2017 Bugdet agita os Conservatives e Tories há a ver RH Phil Hammond como Labour Chancellor no Exchequer. Nos US continua a novela da Russian Connection na Trump Administration. Já as sondagens francesas apontam consistentemente para corrida a deux ao Palais de l'Élysée, entre Madame Marine Le Pen e Monsieur Emmanuel Macron. Na campanha holandesa é o choque do populista Mr Geert Wilders com o liberal Premier Mark Rutte, com a “Nexit” como tema forte. O Der Spiegel declara o “Nein Danke” à ideia das “German nukes.”

 

  


Plenty sunshine over London, with light winds in the Highlands and dreary clouds over Stormont!
Os elementos de interesse abundam em volta, esfumada sem rasto que está a ora tradicional marcha de protesto em Westminster City durante o weekend – desta vez, creio, sobre as mulheres. Sejamos, pois, seletivos quando os temas da town talk deambulam pelas “unfortunate leaderships”. A semana é marcada pelo simbolismo. Her Majesty preside a cerimónia nacional de homenagem aos militares e civis que serviram a pátria nas guerras do Iraq e Afghanistan, conduzindo um Drumhead Service na Horse Guards Parade. Ainda com as armas a troar em Mosul, na animada bancada central em Whitehall pontua um rosto fechado entre veteranos, membros da Royal Family e dignatários: RH Tony Blair, cedo captado pelas câmaras dos repórteres. A imagem fala por si; The Times esculpe-a em manchete para a posteridade. Elizabeth II presta tributo aos heróis também descerrando um memorial junto ao edifício do Ministry of Defence, nos Victoria Embankment Gardens, uma estátua da autoria de Mr Paul Day e à qual fica colada a “lonely soul” do decisor de 2003.

 


O palco político vive outros momentos de trepidação, vários dos quais radicam em idas opções dos tributos de moeda e sangue exigidos aos comuns. Westminster Square centra horas de tensão em torno do Euro vote, requerendo registo do efeito imediato. À agitação dos atores locais reagem os mercados globais com olímpico alheamento: “The pound has barely reacted.” Já a envolvente revela fossos que se alargam. Na Eurasia ocorre troca de Nazi-Islam Tennis entre Berlin e Ankara, para continental ver, enquanto o EC President Jean-Claude Juncker antevê o tempo onde “Britain will re-enter the boat” ao dissertar em Brussels sobre as “EU continental ambitions.” Por cá antes os contrários visam desfavorecer o Number 10 com a divisão de forças em duplo jogo: aquém e além Channel. Alguém pediu a referendum crisis? Sobre o #IndyRef2 ontem exigido pelo partido no poder em Holyrood para o semestre do Autumn 2018/Spring 2019, atenção aos protagonistas. A FM Nicola Sturgeon justifica a iniciativa não com ideologia nacionalista ou futura prosperidade dos highlanders, sim com a Brexit. A Scottish Tory Leader Ruth Davidson censura-a por escolher “the path of division and uncertainty.” A PM May sintetiza as posições ao declarar que “the SNP's tunnel vision is deeply regrettable.” O programa das festas nortenhas segue dentro de momentos, com o Labour “absolute fine” a favor e contra novo referendo escocês consoante quem opine.

 

Terminado está o Westminster Match. Os Lords lutaram bravamente pelas emendas à EU Bill, sem contudo demover os Commons de ratificar a anterior decisão sem perda de tempo. A natureza de cada uma das Houses of Parliament explica as posições de cada qual, sendo os números da representação a ditar o resultado legislativo. Uns questionam e outros respeitam a vontade popular, expressa no referendo de 23rd June. HM Government tem agora plenos poderes para formalizar a saída do UK da European Union, em estreita passagem maritima entre os rochedos nacionalistas de Holyrood e de Stormont. Já hoje de manhã é a própria Prime Minister RH Theresa May a anunciar aos MPs que, tal como planeado, accionará o Article 50 do Lisbon Treaty “by the end of the month.” Mais: Her Majesty aporá o Royal Assent nos “coming days.” Se frustradas ficam as expectativas de pronta abertura das negociações London-Brussels, nomeadamente nas chancelarias ocidentais que há duas semanas aguardam a May’s Withdrawal Letter, já a ala dos Hard Remainers não espera e ultima novo processo no Supreme Court para bloquear o divórcio. Nos julianos Ides of March anda pulsão schmitteana.

 

Fechemos com notável nota botânica, que do naming friend or foe bem escreve Herr Carl Schmitt. O último recenseamento arbóreo identifica mais de “1,000 previously unknown ancient oak trees” em England, com raízes recuadas às eras da génese da nacionalidade e dos reformadores Tudor. As estatísticas são simplesmente fabulosas e distinguem o reino de William The Conqueror e dos seus nobres terratenentes: 85% dos veneráveis carvalhos têm entre 400 e 600 anos de idade, datando 12% de há 600 a 800 anos a par de 3.4%, uns sagrados 117 exemplares, nascidos há 800 a 1.000 anos. A pesquisa do Woodland Trust foi desenvolvido no último quadriénio em colaboração com o Ancient Tree Forum, o Tree Register e os Royal Botanic Gardens. Da Quercus heritage mais desvendará o Professor Aljos Farjon no seu livro Ancient Oaks In The English Landscape, na prensa e a lançar pelo historiador conservacionista de Kew a 1 May 2017. — Well. Some of those survive from Master Will’s time and not by chance he writes in The Tragedy of Macbeth how the trees of Birnam Wood helped the victory of the English army: — What is this / That rises like the issue of a king, / And wears upon his baby-brow the round / And top of sovereignty? | Listen but speak not to ’t. | Be lion-mettled, proud, and take no care / Who chafes, who frets, or where conspirers are. / Macbeth shall never vanquished be until / Great Birnam Wood to high Dunsinane Hill / Shall come against him.

 

St James, 14th March 2017

Very sincerely yours,

V.

LONDON LETTERS

 

The B-word Game Plan, 2015-2017

 

Et voilà. Entra a cavalaria a galope. Da discrição dos bastidores políticos emergem os Blairites, desalojados do Labour Party pelos Corbynists. Mr Tony Blair é o Remainer-in-Chief, após retirar o bastão de comando a RH Nick Clegg dos Liberal Democrats. Logo atrás segue Lord Mendelson, com o estandarte azul estrelado visível a quantos observam a manobra nas colinas em volta.

A bombarda ruge contra os Brexiteers. Exigem novo euroreferendo. —  Chérie. Une bonne action n'est jamais perdue. A European Union (Notification of Withdrawal) Bill chega à House of Lords, pela força do Supreme Court e sob pública conjura eurófila de delay-or-block. Da jornada nos Commons sai sem emendas e com massiva maioria a escoltar o voto popular. Estarão agora os pares disponíveis para abrir uma crise constitucional capaz de conduzir à sua extinção e a ferino realinhamento partidário no UK? — Well. What possible can go wrong? Os Tories arriscam ganhar as duas by-elections que amanhã decorrem em Copeland e Stoke-on-Trent Central, se acaso os Lab safe-seats não levarem à entrada dos Ukippers em Westminster. O US President DJ Trump nomeia o Lt Gen Herbert R McMaster como National Security Adviser. O VP Mike Pence ultima dual diplomática visita a Munich e Brussels. As presidenciais gaulesas aceleram com buscas judiciais na sede de Madame Marine Le Pen e embaraços retóricos de Monsieur Emmanuel Macron. Já Herr Martin Schultz desloca o SPD para a esquerda a fim de enfrentar a Kanzlerin Frau Angela Merkel nas outonais eleições alemãs. A NASA tem novidades estelares para revelar.

 

 

Patchy rain and mild temperature at Central London! A zona está hoje particularmente agitada. Os Lords debatem o Brexit vote enquanto os Commons discutem as petições pró e contra a visita oficial a Britain de Mr Donald J Trump. Também Westminster Square está ocupada por mais uma manifestação de jovial protesto – por causa daquele ou deste. De pé antibiotizado, observo esta forma de fazer política nas ruas por cá reeditada pelo New Old Labour de Mr Jeremy Corbyn. Fixo o “Stop Trump;” ruidoso, colorido e escasso. Concluo que o ativismo digital que leva 1,8 milhões de pessoas a globalmente clicar na oposição à vinda de DJT às terras da sua mãe dista um abismo da realidade. Abundam os espaços vazios. Pesos pesados como os MPs John McDonnel, Dianne Abbott & alike afadigam-se para os microfones. A moldura de fundo é ainda carnavalesca, com os cartazes contra o racismo e o fascismo entre trajados à Guantánamo ou à Statue Of Liberty. E afinal por quê tanto furor com este Mr President? Há linhas da história política norte-americana trivializadas até a título de Capitol Hill jokes: “President George Washington could not tell a lie, President Richard Nixon couldn’t tell the truth and after President Ronald Reagan no one couldn’t tell the difference.”

 

Aquém e além Atlantic Ocean há um não sei quê de insano nesta agitação das massas que remete para a peça The Dead Cat. Sabereis, por certo, da cena recorrente. Num recanto do palco surgem umas quantas figuras fadadas a atrair forçoso olhar da audiência: ― Hey. Hey. Look over there… Dos resultados no reino do "Straight Talking, Honest Politics" do Right Honourable Jezza dizem todas as sondagens sem exceção: o Lab continua a cair e está 18% atrás dos Conservatives em inusual contraciclo político. Mr Tony Blair no seu recente discurso pelo “changing minds” quanto ao UK na European Union rotula sem dó o estado a que se chegou: "The debilitation of the Labour Party is the facilitator of Brexit." Igualmente áspera soa a esgrima verbal dentro das portas de Westminster Hall. Em sala lateral do parlamento sintetiza o Foreign Office Minister o confronto das visões rivais: “The State-visit should happen and will happen," declara seco Sir Alan Duncan. Há dias atrás, na linha telefónica direta com o Oval Office, ao novo residente declara a Premier que “looks forward to welcome you later this year.” Mais suave mas identicamente polarizado segue o debate dos Lords. Na Upper House, com a memorável presença de Mrs May sentada nas escadas à frente do Royal Throne, a mensagem do HM Government é subtil no lembrete ao papel de cada um dos órgãos constitucionais no estado da coroa. Cabe a Lord Hague magistralmente clarificar as posições: "As someone whose preference was to remain in the EU, my second preference, given that that is not available, is to leave it with some degree of unity and good order and confidence and determination."

 

SS-GB é o diverso programa das festas nas Sunday nights. A proposta da BBC 1 dramatiza o clássico de Mr Len Deighton, autor com laços a Portugal e que com John Le Carré e Ian Fleming consagra as estórias de espionagem como género literário do pós-guerra. Ora, sendo típico agente lenardeano o British pragmatist, em contraste com prudente George Smiley e fantástico James Bond, a obra de 1978 adapta-se como uma luva aos atuais tempos de post-truth politics: eis visão distópica de reino quase todo sob ocupação nazi. Colaborar ou confrontar o inimigo é dilema que permeia o espírito do Det Supt Douglas Archer, protagonizado por Mr Sam Riley. O thriller abre em 1941, justamente com voo de Spitfire timonado por piloto da Luftwaffe que logo cairá na mira da resistência. Com realização de Mr Philipp Kadelbach e produção da Sid Gentle Films, o drama conta com desempenhos de Mrs Kate Bosworth (Barbara Barga), Mr Lars Eidinger (Dr Oskar Huth), Mr Rainer Bock (Fritz Kellermann) e Mr James Cosmo (Harry Woods). O primeiro episódio cativa pela alternativa trama histórica e sensitiva coloração da fotografia, mas absurdas oscilações no som durante os diálogos deixam a desejar. A One compromete-se a corrigir os níveis do áudio no resto da série. — Humm. Realistically recognizes Master Will with that old shepherd Corin in As You Like It how different ranks require different ways of being: — Those that are good manners at the court are as ridiculous in the country as the behaviour of the country is most mockable at the court. You told me you salute not at the court but you kiss your hands. That courtesy would be uncleanly if courtiers were shepherds.

 

St James, 20th February 2017

Very sincerely yours,

V.

LONDON LETTERS

 

Britain’s quiet revolution, 2016…

 

Quite something. A senhora disserta sobre o novo centro ideológico e do good that government can do enquanto caracteriza a Britain’s quiet revolution para dar conta da visão e agenda políticas. É o discurso de encerramento da Conservative Party Conference por Mrs Theresa May e é um documento a merecer leitura atenta.

O mote é linear: “It’s about restoring fairness.” O reformismo conservador e o patriotismo estão de volta com a Global Britain. — Chérie! Les bons comptes font les bons amis. Regressa também a artilharia pesada dos Remainers com a calendarização da Brexit. Os setores exportadores adoram a queda da pound. RH Tony Blair admite o retorno à cena. — Ho-ho! Tell me with whom you go, and I'll tell what you do. O Engenheiro António Guterres é o novo Secretary-General da United Nations, eleição que faz vibrar o 10 e o Foreign Office. OS US assistem ao segundo debate presidencial, após as campanhas de Mrs Hillary Clinton e de Mr Donald Trump entrarem into the Low Road. Os trabalhadores dos dining halls da Harvard University (Cambridge, Massachusetts) fazem histórica greve, em escola estabelecida em 1636 na British North America. O furacão Matthew deixa rasto de morte e destruição nas Caraibas. O Brit Professor Oliver Hart e o Fin Prof Bengt Holmstrom conquistam o Nobel Prize in Economics, por contributos na teoria dos contratos. A Star Trek comemora 50 anos sobre o seu primeiro episódio televisivo. Victoria regressa em 2017. 

 

 

Full Autumn and cloudy days at Central London. O quotidiano urbano está marcado por desafiante trânsito, com a Bridge Tower fechada para obras, restrições na circulação e mais greves no Southern Rail. As atenções estão ainda centradas na conferência dos Tories em Birmingham, pelo sismo eurófilo gerado com os discursos da Rt Honourable Theresa May, e na never-ending reshuffle no Shadow Cabinet do Labour Party, após a reeleição de RH Jez Corbyn como líder 2.0, a par da hardcore campaign para a White House. Deixando as glass houses d’além Atlantic entregues ao seu eleitorado, saudemos a eleição de um português para Chaiman da United Nations. A Prime Minister fala este Saturday ao telefone com o Engenheiro António Guterres. Um porta-voz de Downing Street revela que a senhora está “delighted by his election,” tendo disponibilizado vontade adicional de o UK “to provide any support required as he prepared to assume the role.” Sinal de grandes expetativas em momento exigente nas relações internacionais é ainda o teor do comunicado emitido pelo Foreign Office. Os termos dizem do quanto London vê com muito bons olhos a presença de um construtor de pontes em vital position. Nas palavras de RH Boris Johnson, “he is an outstanding candidate with all the qualities and experience to do the job.” Melhor: “I am confident that António Guterres will continue to build..., providing the leadership required to steer the UN through the many challenges facing our world, not least the crisis in Syria.”

 

Altas esperanças se geram igualmente com os trabalhos anunciados na Conservative Conference. O encontro de fiéis é marcado pelas ambições do Mayism. O discurso, no caso: duas intervenções, de um novo líder partidário é sempre a big occasion. Mrs Theresa May satisfaz. A abrir, a todos responde com graça e gravidade. “When we came to Birmingham this week, some big questions were hanging in the air. Do we have a plan for Brexit? We do. Are we ready for the effort it will take to see it through? We are. Can Boris Johnson stay on message for a full four days? Just about. But I know there’s another big question people want me to answer. What’s my vision for Britain? My philosophy? My approach?” O que vem a seguir é uma espiral de admirações, tanto maiores quanto os adversários esperam que a Brexit lhe queime a mão e ela saúda ido RH David Cameron. É o novo conservadorismo britânico, entre a evocação de santos que dizem da traça paisagística. Mrs T aspira a uma democracy that works for everyone. Refere Benjamin Disraeli (1804–81), “who saw division and worked to heal it,” Winston Churchill (1874-965), “who confronted evil and had the strength to overcome,” Clement Attlee (1883-967), “with the vision to build a great national institution,” e Lady Margaret Thatcher (1925-2013), “who taught us we could dream great dreams again.” Elenca agenda reformista, pois, “from Edmund Burke [1729-97] onwards, Conservatives have always understood that if you want to preserve something important, you need to be prepared to reform it. We must apply that same approach today.” Enquanto, ao detalhe, com “a fairer economy,” traça a visão de uma Global Britain, a Great Meritocracy, afirma preto no branco que é tempo de rejeitar “the ideological templates provided by the socialist left and the libertarian right and to embrace a new centre ground in which government steps up – and not back – to act on behalf of us all.”

 

A isto, como respondem as oposições? Os Liberal Democrats censuram o Brexiting mas o Labour antes opta pelo out of the game, com as franjas a visarem medidas como a seleção académica, as estatísticas da emigração ou o regresso do… patriotism. Mas o discurso vale pelos efeitos que gera nos mercados, somado que é à tese ideológica de Mrs T May o anúncio da “Great Repeal Bill” para March 2017. A eventualidade de o UK sair do mercado único europeu lança chamas entre os Remainers. A agitação é forte após flash crash da libra. A par da reciclagem das cifras negras nas manchetes de jornais sobre o custo da Brexit e da intriga infundada sobre dissenções dos Brexiters sentados no Cabinet Office, ex ministros do Cam Govt e da campanha do Stronger In (in the EU) unem esforços com MPs all-parties na barragem aos planos de Downing Street. Em manobras andam RHs Anna Soubry e Nicky Morgan, o Lib Dem Brexit spokesman RH Nick Clegg e ainda o anterior Lab leader RH Ed Miliband, clamando por voto em Westminster em torno do Article 50 que abre aos tratos com Brussels. Mrs Morgan unifica posições nas Sunday Politics: "There are a lot of us that feel it would be extraordinary - given that the Brexit vote was about the sovereignty of Parliament, about making our own laws, taking back control - for Parliament not to have a big say in the Brexit negotiations."  Mr Miliband mais resume: “MPs must get a vote on hard Brexit." Na House of Commons esclarece hoje o Brexit Secretary RH David Davis que o HM Government “will reject any attempts to undo the result of the EU referendum.”

 

Para variar, observemos a jornada para o 1300 Penn Avenue. I have no dog in that race, until now! A campanha presidencial norteamericana desde o início que prefigura o insólito, com um candidato republicano vindo dos domínios do star tv trash, tipo obnoxious plus, com milhões investidos no turismo, casinos e campos de golfe. A partitura eleitoral do “none of the above” garante-lhe o passaporte no Old GOP dos US Presidents Abraham Lincoln ou Ronald Reagan. Ora, o fulano é simplesmente mais um misógino.

O paradoxo de Abilene é que, por isso mesmo, segue em frente. Mas visualizar um tal indivíduo como próximo líder do Free World é… algo surreal! Assim: For something rather similar, antes uma excelente notícia para as últimas linhas tomada do serão na ITV. A série “Victoria" encerra o oitavo episódio com o love & affection do Prince Albert, a tentativa de assassinato em Constitution Hill e o nascimento de Victoria em 1840. A fechar vem a revelação: “Victoria will return in 2017.” O meu aplauso. — Well! As young Master Will notices in the poem Venus and Adonis: — Love comforteth like sunshine after rain.

 


St James, 10th October 2016

Very sincerely yours,

V.